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Histórico Acordo Kunming-Montreal

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Na madrugada de segunda-feira, dia 19, finalmente, após quatro anos, conseguiu-se um histórico acordo para preservar a biodiversidade biológica da Terra.

Cento e noventa países assinaram o compromisso de preservar um terço da natureza até 2030, esperemos que assumam mesmo esta promessa e que não aconteça o mesmo que noutros tratados, que ficaram apenas pelas intenções.

Quadro Global da Biodiversidade Kunming-Montreal

Principais pontos do documento:

  • Restaurar 30% dos ecossistemas degradados globalmente (na terra e no mar) até 2030.
  • Conservar e gerir 30% das áreas (terrestre, fluvial, costeira e marinha) até 2030.
  • Parar a extinção de espécies conhecidas e, até 2050, reduzir em 10 vezes o risco e a taxa de extinção de todas as espécies (incluindo as desconhecidas).
  • Reduzir o risco de pesticidas em pelo menos 50% até 2030.
  • Reduzir os nutrientes perdidos para o meio ambiente em pelo menos 50% até 2030.
  • Reduzir os riscos de poluição e os impactos negativos da poluição de todas as fontes até 2030 para níveis que não sejam prejudiciais à biodiversidade e às funções do ecossistema.
  • Reduzir a pegada global de consumo até 2030, inclusive reduzindo significativamente o consumo excessivo e a geração de resíduos e reduzindo pela metade o desperdício de alimentos.
  • Gerir de forma sustentável as áreas de agricultura, aquicultura, pesca e silvicultura e aumentar substancialmente a agroecologia e outras práticas favoráveis à biodiversidade.
  • Enfrentar as mudanças climáticas por meio de soluções baseadas na natureza.
  • Reduzir a taxa de introdução e estabelecimento de espécies exóticas invasoras em pelo menos 50% até 2030.
    Garantir o uso e comércio seguro, legal e sustentável de espécies selvagens até 2030.
  • Tornar os espaços urbanos mais verdes.

Para todo o trabalho que tem de ser feito é necessário dinheiro e o acordo prevê um aumento de 200 mil milhões de dólares por ano até 2030 a partir de todas as fontes, domésticas e internacionais, públicas e privadas. Por outro lado, fica também a intenção de reduzir os subsídios prejudiciais à biodiversidade, com o compromisso de identificar até 2025, e eliminar até 2030, um total de pelo menos 500 mil milhões de dólares por ano.
Estes objetivos são deveras muito ambiciosos, em apenas sete anos será muito difícil, ou se não impossível, cumprir estes compromissos, esperemos que todos se empenhem ao máximo, de outro modo, sairão desacreditados todos os subscritores e as Nações Unidas.

A contestação e desconfiança populares são uma realidade que poderá exponenciar-se perante a não ação por parte dos governos do mundo, e de atritos e confrontos já temos que nos cheguem. Fica-nos a esperança de que realmente nos mobilizemos para salvar a Terra e a nós mesmos.

Paulo Cardoso/MS

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