Ano após ano, década após década, vamos degradando e destruindo o planeta numa incomensurável escala.
Nestes últimos meses do ano a humanidade ultrapassou os 8 mil milhões de indivíduos. O esforço para suportar esta superpopulação é gigantesco: as necessidades de alimentação e energia são de quantidades astronómicas, a somar ao esforço extrativo e de produção temos de acrescentar o impacto gigantesco da poluição. O resultado configura um impacto tão grande na vida da Terra que não conhecemos outro igual, causado por uma única espécie, em toda a história do nosso planeta.
Para termos alguma perceção de quantidades devemos olhar para alguns dados.
Somente este ano temos (valores aproximados):
– Perda de florestas: 5 154 604ha
– Solos perdidos por erosão: 6 939 518ha
– Emissões de CO2: 36 150 572 656ton
– Desertificação: 11 894 152ha
– Emissões químicas tóxicas: 9 706 023ton
– Água usada: 4 498 759 681 milhões de litros
– Consumo de energia elétrica: 182 500 000 000MWh (dos quais apenas 25% de energias renováveis)
– Barris de petróleo consumidos: 35 442 913 090
– Produção de plásticos: 500 000 000ton
Os valores são deveras gigantescos, sendo difícil até a sua compreensão em termos de escala. Se multiplicarmos os dados apresentados por 50 anos, ficamos então perdidos na imensidão dos números.
Só percebendo o impacto, que temos diariamente no mundo, o poderemos reduzir.
Estes valores, e a sua evolução em tempo real, deveriam estar sempre presentes nos meios de comunicação à escala global, apresentados publicamente, para que toda a humanidade percebesse que realmente é preciso reduzir o impacto das nossas atividades no planeta, que todos temos de ter consciência quando compramos algo, quando ligamos uma máquina, quando atiramos lixo fora, quando despejamos óleo pela banca da cozinha, quando despejamos restos de tintas em bueiros, quando embalamos objetos em plásticos (e muitas vezes o mesmo objeto em várias camadas de embalagens), quando aceleramos no trânsito, quando desperdiçamos água, quando produzimos coisas a qualquer custo ambiental apenas focados no lucro, etc., etc., etc.
Se nada fizermos, destruiremos a nossa casa… Para onde iremos?
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