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Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Data muito importante para quem se sente patriota

Cada um é como cada qual, mas nós devemos sentir-nos orgulhosos e dos mais importantes do mundo – não podemos esquecer que somos a quarta língua mais falada do mundo. Hoje o Dia de Portugal deve-se a D. Luís I, foi ele que declarou dia de festa nacional com grande gala para comemorar os 300 anos da morte de Luís de Camões, festividade que hoje se celebra por todo o mundo onde haja portugueses – o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Hoje é com um elevado sentimento de patriotismo que todos os homens e mulheres, de todas as gerações, celebram esta herança histórica e cultural. Ao longo de séculos enraizou-se em todos os continentes e hoje continua com força viva e inspiradora de todos os valores. Todo o português deve sentir chieira de o ser, deve sentir orgulho em ter o estatuto de ser português.

O português espalhou-se por todos os continentes, mas o sangue continua sempre com a cor da bandeira nacional. Um verdadeiro português não tem vergonha de dizer, sou português! Eu tenho chieira ao dizer que sou português, é ter algo em nós que muitos depois de conhecerem o cantinho florido da Europa adoravam ter, (ser português). Conheço e convivi com nacionalidades diferentes que me diziam, depois de conhecer o nosso cantinho, que adoravam ser portugueses.

Este ano, com as atuais circunstâncias da pandemia Covid-19, onde os efeitos tiveram e obrigaram a altas mudanças e certas decisões derivado ao isolamento social a que somos obrigados e que se sentem à escala mundial, as festividades do Dia de Portugal levaram a uma alteração inesperada e a um prejuízo incalculável, isto falando na nossa comunidade. Eu recordo os anos em que tudo era voluntariado, tudo se resolvia com mão de obra a custo zero, passavam-se noites em branco na ajuda das limpezas e na preparação do fim de semana para celebrar o Dia de Portugal. Como as coisas mudaram! Hoje os que se dizem ajudantes ficam com a mão estendida para receber algo em troca. Já não há homens e mulheres como antigamente, todos esperam um título e assim vai a cultura regional, aos poucos terminando/desaparecendo. Um dia destes ouvia um programa numa rádio local onde alguém dizia o seguinte (eu subescrevo tudo e coloco a mão por cima): mas como pode alguém dar continuidade a uma cultura regional quando preside uma instituição cultural que não percebe nada da cultura da mesma região, porque nem da mesma é natural? Mas tais pessoas sentem-se orgulhosos/as em presidir à mesma para ter um título. Valha-nos Deus ao que tudo isto chegou! Mas atenção, muitos criticam mas não têm coragem de o dizer publicamente. Assim andamos em cultura regional, atualmente estamos a passar uma fase caricata com tantos cancelamentos e restrições em ajuntamento de pessoas, o que obrigou ao cancelamento das festividades do Dia de Portugal entre nós, comunidade portuguesa em Toronto. Não vai ser possível este ano celebrarmos o amor pela pátria com aquela garra que muitos nos habituaram. Infelizmente as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, assinaladas a 10 de junho, vão ser realizadas numa cerimónia simbólica, sem grandes euforias pelo facto do que nos rodeia, provocado por uma coisa tão pequenina que obrigou a que tudo fosse reduzido ao seu tamanho. Um simples vírus pregou-nos uma grande partida e colocou todos ao mesmo nível.

Não se esqueçam do mais importante: hoje para se conseguir um patrocínio será muito difícil, as empresas não têm condições para disponibilizar verbas, e sem verbas nada se consegue. Não sei como alguns clubes conseguem viver sem festinhas. Preparem-se que o futuro vai ser muito difícil por uma razão muito simples: os frequentadores e apoiantes de festas tradicionais vão pensar duas vezes antes de se expor em grandes encontros e aí as coisas vão ficar muito preocupantes e economicamente vai afetar em grande uma percentagem elevada dos nossos clubes, e muitos deles muito têm contribuído para a Semana de Portugal.

Vamos procurar organizar coisas dentro das possibilidades e não entrar em euforias nem em grandes shows porque o mais importante é saber gerir em tempos de crise, como esta provocada pela Covid-19 que vai durar. Este ano o Dia de Portugal será muito diferente do que se tem vindo a realizar, mas o valor de ser português está sempre dentro de nós.

Deixo um desafio a todos os leitores para colocarem uma bandeira portuguesa na sua varanda, para mostrarmos que somos patriotas e que somos unidos. Eu vou colocar.

Feliz Dia de Portugal a todos os leitores e viva Portugal.

Augusto Bandeira/MS

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