Portugal ocupa a sétima posição entre os países mais pacíficos do Mundo. A conclusão é do Instituto para a Economia e Paz, sediado na Austrália, que publicou, nesta quarta-feira, a última edição do Global Peace Index.
Nesse relatório, Portugal sobe uma posição relativamente ao ano transato, mas mantém-se afastado do terceiro lugar alcançado em 2020. Na análise do Global Peace Index, Portugal é também o quarto país de uma tabela que aborda o domínio da militarização, que inclui fatores como a importação de armas, o número de armas nucleares e a taxa de armamento pessoal.
Islândia continua no topo do ranking
O ranking do Instituto para a Economia e Paz volta a ser liderado, como acontece desde 2008, pela Islândia. No segundo posto, a Irlanda deu lugar à Dinamarca, enquanto a Nova Zelândia subiu quatro lugares até à quarta posição. A Áustria também subiu subiu uma posição e Singapura fixou-se no sexto lugar. Eslovénia, Japão e Singapura completam o top dez de uma lista com 163 países.
Entre as nações considerados menos seguras não houve alterações. Afeganistão, Iémen, Síria, Sudão do Sul e República Democrática do Congo continuam a ser os locais mais perigosos do Mundo. Seguem-se, devido ao conflito em curso, Rússia e Ucrânia.
O relatório destaca, aliás, que “a guerra na Ucrânia teve um impacto significativo na pacificidade a nível mundial, com a Ucrânia e a Rússia a registarem a maior e a quinta maior deterioração da paz respetivamente”.
Mundo está mais perigoso
O Global Peace Index abrange 99,7% da população mundial e utiliza “23 indicadores qualitativos e
de fontes altamente respeitadas” para medir o estado de paz em três domínios: o nível de segurança e proteção da sociedade; a extensão dos conflitos internos e internacionais em curso; e o grau de militarização.
A conjugação desses fatores mostra que, “nos últimos 15 anos, o Mundo tornou-se menos pacífico, com a pontuação média do país a deteriorar-se em 5%”. “Dos 163 países, 95 registaram uma deterioração, enquanto 66 registaram melhorias e dois não registaram alterações na pontuação”, evidencia um relatório, que lembra que “vários conflitos, além da guerra na Ucrânia, também foram devastadores”.
“2022 foi o ano mais mortífero em termos de conflito armado desde o genocídio no Ruanda em 1994, que foi o ano mais mortífero da história do Global Peace Index. Este fenómeno foi impulsionado por mais de 100 000 mortes na guerra em Tigray, no Norte da Etiópia. As batalhas entre a Força de Defesa da Etiópia, o aliado Eritreia e o grupo rebelde TPLF é o acontecimento mais mortífero desde 1994. A Ucrânia também registou pelo menos 82 000 mortes em conflitos em 2022. As mortes relacionadas com conflitos no Mali aumentaram 154% em 2022, com a violência contra civis a crescer 570%, enquanto em Myanmar, as mortes relacionadas com conflitos aumentaram 87%”, referem os peritos.
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