Parafarmácias vão ter testes rápidos a 6,79 e 6,99 euros
Parafarmácias começarão a vender, entre hoje e amanhã (entre quarta e quinta-feira) autotestes rápidos de deteção de covid-19, por valores entre 6,79 e 6,99 euros. O teste de antigénio, comercializado pela Roche, é o primeiro a passar o crivo do Infarmed, que está a apreciar outros pedidos de autorização.
As lojas Bem Estar, do Pingo Doce, asseguram que ainda hoje, quarta-feira, terão à venda pacotes de 25 unidades de kits de testes, 6,79€ cada unidade – ou seja, por 169,75€. Amanhã, quinta, todas as 25 parafarmácias da marca estarão a comercializar os kits.
A Well’s, do Continente, começará a vender os testes já amanhã, quinta-feira, na maioria das lojas do continente nacional. No dia seguinte, estarão à venda em todo o território continental, por 6,99€.
Da parte das farmácias, Duarte Santos, da direção da Associação Nacional de Farmácias, disse ao JN que todas estão prontas para começar a vender os kits, ajudar os clientes a interpretar os resultados e aconselhá-los sobre a comunicação desse resultado às autoridades de saúde.
O teste de antigénio é de venda livre a maiores de 18 anos (não exige receita médica) e poderá ser feito por qualquer pessoa, em casa, através da colheita de uma amostra retirada da área nasal anterior interna. O Kit integrará todos os produtos necessários, desde uma zaragatoa (menor do que a utilizada nos testes genéticos, de PCR) até ao reagente químico.
O resultado deverá ser conhecido dentro de meia hora e terá que ser comunicado às autoridades de saúde. No caso de pessoas com sintomas ou que tenham estado em contacto com um caso confirmado, terão que informar SNS 24, pelo número 808 24 24 24 (custo de uma chamada local). O reporte é obrigatório, quer o resultado seja positivo ou negativo.
Se não tiver sintomas nem tiver tido um contacto de alto risco, só deve ligar para o SNS 24 se o resultado for positivo ou inconclusivo. De futuro, estará disponível um formulário em covid19.min-saude.pt. Deve também indicar que teste usou (marca, fabricante e código identificativo do lote).
Nos casos em que o teste foi promovido por uma entidade patronal, o reporte poderá ser feito por um médico assistente ou da medicina do trabalho.
Autorização dada há três semanas
A venda de autotestes em farmácias ou parafarmácias (locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica) foi autorizada pelo Governo há quase três semanas, através de um regime excecional que vai vigorar durante seis meses.
Na portaria do Ministério da Saúde, a autorização é justificada com o atual contexto epidemiológico e apoia-se na mesma decisão já tomada por outros países, como a Áustria e a Alemanha. “Importa intensificar os rastreios laboratoriais regulares para deteção precoce de casos de infeção como meio de controlo das cadeias de transmissão, designadamente no contexto da reabertura gradual e sustentada de determinados setores de atividade, estabelecimentos e serviços”, lê-se no documento.
Após a portaria, no dia 19 de março foi publicada uma circular informativa da Direção-Geral de Saúde, Infarmed e Instituto Ricardo Jorge detalhando os procedimentos da autorização e comercialização.
Ao JN, o Infarmed disse que está a apreciar outras submissões de autorização de comercialização, mas não revelou quantos, quais nem quando é expectável que dê luz verde a outros testes.
O Ministério das Finanças já disse que estes testes não pagarão IVA. O JN perguntou se poderão ser dedutíveis no IRS como despesas de saúde, mas não obteve resposta.
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