Operação de buscas da Madeira “teve uma eficácia de 100%”

O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, veio esta terça-feira a público para esclarecer a logística empenhada na megaoperação que levou à realização de centenas de buscas na Madeira e garantir que houve 100% de eficácia nos objetivos.

“A operação nunca foi comprometida Foi eficaz a 100%. Nenhum dos visados foi alertado antecipadamente e a PJ viajou para a Madeira sem magistrados, sem NAT (Núcleo de Apoio Técnico) e sem jornalistas. A PJ não se revê nas fugas de informação e nenhum jornalista acompanhou as buscas domiciliárias ou no governo regional ou na câmara”, disse Luís Neves, que sublinhou a importância de vir a público dar explicações sobre a operação por uma questão de transparência mas também por terem surgido notícias falsas.

O líder máximo da PJ garantiu ainda que foi decidido viajar no continente para a Madeira em aviões da Força Aérea por ser o meio mais eficaz para assegurar o transporte de 140 inspetores e 10 peritos, bem como para conseguir transportar todo o material informático necessário ao cumprimento dos objetivos da operação.

“O planeamento operacional desta operação começou em setembro. Na verdade, uma operação desta envergadura necessita de muito tempo de preparação. Isto leva meses e queria também dizer que contámos com os meios da Madeira. Só não contamos com aqueles que estavam de piquete e que têm de estar no serviço 24 horas”, explicou Luís Neves que justificou a necessidade de haver um esclarecimento público porque “se estava a colocar em causa a idoneidade da operação”.

Recrode-se que, na semana passada, a PJ deteve o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e os dois empresários Custódio Correia e Avelino Farinha por suspeitas de corrupção, com concursos públicos e adjudicações como pano de fundo.