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Advogado de Assange critica extradição para EUA por “crimes políticos”

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O advogado do fundador do Wikileaks, Julian Assange, alegou hoje perante o Tribunal Superior de Londres que o cliente não deve ser extraditado para os Estados Unidos, porque está a ser processado por “crimes políticos”.

Segundo Edward Fitzgerald, existe um “risco real” de sofrer uma violação “flagrante” dos seus direitos fundamentais.

O governo britânico autorizou a transferência de Assange para os EUA em junho de 2022, mas o fundador do WikiLeaks está a tentar todas as vias possíveis para impedir a sua transferência.

Dois juízes devem agora determinar se o seu caso merece uma nova análise ou se, pelo contrário, está encerrado, o que deixaria o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos como última alternativa.

As audiências começaram hoje e vão prolongar-se por dois dias, sem a presença de Assange, que esteve ausente por razões médicas.

A mulher de Assange, Stella, participou numa manifestação no exterior do tribunal.

“Não há qualquer hipótese de ele ter um julgamento justo se for extraditado para os EUA”, disse aos jornalistas, acrescentando que “esta farsa tem de acabar”.

Segundo os seus apoiantes, permitir a extradição seria “criminalizar o jornalismo de investigação”, uma vez que as acusações têm origem em material secreto publicado em 2020 e 2021 pela Wikileaks.

Assange enfrenta uma série de acusações por violar a Lei de Espionagem dos EUA e arrisca-se a uma pena de até 175 anos numa prisão de segurança máxima.

“É um ataque à verdade e ao direito do público de ser informado”, afirmou Stella Assange.

O advogado também questionou a legalidade da extradição, que se baseia num tratado bilateral entre os EUA e o Reino Unido, referindo que “é um abuso processual pedir a extradição por um delito político”, um ponto que é explicitamente mencionado no tratado.

Fitzgerald afirmou ainda que, caso o julgamento seja retomado nos tribunais britânicos, irá expor um alegado plano da CIA para assassinar Assange durante os anos em que este esteve escondido na embaixada do Equador em Londres.

“Ele está a ser processado por se envolver numa prática comum no jornalismo de obter e publicar informações confidenciais, informações que são verdadeiras e de interesse público”, justificou.

A decisão deverá ser anunciada no final do segundo dia de audições, na quarta-feira, ou numa data posterior por determinar.

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