Opinião

Como será o futuro das novas gerações

Hoje, mais do que nunca, cada vez que se liga a televisão ou até se vai dar uma volta nas autoestradas da comunicação, pode-se esperar de tudo. Por vezes ouve-se e vê-se cada notícia que começamos a pensar e surgem perguntas… quem está certo? Sou eu ou são eles? Entenda-se “eles”, os que têm comportamentos menos adequados e aqueles que fazem as leis.

Isto é quase como dizer aos nossos filhos, quando se conversa à mesa, (se bem que hoje já não se conversa, envia-se uma mensagem de texto), – “olha meu filho tu não te envolvas no álcool porque isso prejudica muito a saúde”. O filho, se calhar com muita atenção, ouve ou lê o que lhe está a ser transmitido. Na realidade, o pai quer dar uma lição ao filho, mas esqueceu-se que tem na sua frente um copo cheio de vinho, a garrafa meia cheia ao lado e já tinha pedido para trazerem a bagaceira para beber um digestivo no final do jantar. Meu Deus que exemplo, ou hora mal escolhida, para se falar no assunto. Imaginem o que pensará o filho ao presenciar o comportamento do pai e, ao mesmo tempo, receber este tipo de conselhos. Também na escola ouviu os professores dizerem que a juventude, nos dias de hoje, se vicia demasiado cedo no álcool. O problema é que o jovem acaba por ficar totalmente confuso porque, na prática, quem tenta dar-lhe uma lição comete o erro na frente dele mesmo. Como vai ser o futuro com todo este comportamento dos que devem dar o exemplo? Pergunto eu.

Mas, no meu simples entender, ainda há pior… imaginemos uma conferência proferida por um psiquiatra numa escola, onde dizia que tinha estado na linha da frente pela despenalização dos consumos das ditas “drogas leves”, (meus caros leitores não existem drogas leves), mas que estava arrependido de ter defendido essa ideia, graças às evidências científicas daquilo que o tal consumo podia provocar. Está provado que o consumo de marijuana tem consequências terríveis para a saúde e para o futuro dos adolescentes. Gera dificuldades de aprendizagem, alterações muito graves de memória, e há uma grande probabilidade de virem a sofrer de doenças muito graves, como a esquizofrenia, isto para além de outros comportamentos de risco, por exemplo, no campo da sexualidade ou na condução de viaturas, entre outros. Ora muito bem, que ele se tenha arrependido de ter defendido a despenalização… menos mal, mas se calhar já era tarde porque os jovens que o ouviam já tinham ficado a saber o que ele defendia anteriormente. É que as coisas más guardam-se e recordam-se mais do que as coisas boas. 

Tudo isto vem a propósito da encruzilhada/confusão que vivemos, porque às escolas exige-se uma educação promotora de estilos de vida saudáveis e que leve os mais jovens a rejeitarem qualquer forma de dependências, sobretudo do álcool e das drogas. Tal como acontece em tantos lares o exemplo é só verbal porque, na realidade, na prática fazemos tudo ao contrário. Inclusive quando surgem projetos sociais e políticos, como a legalização da marijuana para fins recreativos. No meu entender, primeiro tinha que se dar uma educação muito promotora de estilos de vida saudáveis, para se preparar a juventude. Depois devia ser estudado e posto em prática o controlo adequado, para que o acesso não fosse tão fácil como parece. Enfim, tudo indica que as aulas teóricas não acompanham as aulas práticas, ou melhor dito, os exemplos que se veem são desastrosos para o futuro das próximas gerações. No fundo, a classe social e política faz as leis com um simples fim – a procura de dinheiro, e os exemplos familiares são fundamentais. O “berço” é muito importante. Sempre assim foi e assim vai continuar, por muitos e muitos anos, em tudo. 

Agora imaginem os que lidam com os jovens na educação, os que lidam na saúde com os viciados e os que nas famílias têm alguém com comportamentos próprios dos reféns de consumos. Eu não quero ver o fim dessa estrada com esta forma de se resolver as coisas. É caso para perguntar – de onde viemos e em que sentido vamos?

 

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