Augusto Bandeira

Ainda a procissão vai no adro e as aflições já começam

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Os aflitos são sempre os mesmos, só que nas presidenciais não se fazem coligações. Estranho seja, bastou uma simples notícia sair, depois de um, também simples, comentário num programa de televisão, que a direita já falava em possíveis candidatos para suceder ao atual Presidente, mas tenham calma que as eleições só são em janeiro de 2026, até lá muita coisa pode e vai mudar. E vai mudar porquê? Porque vai haver eleições pelo meio e muitos eleitores mudarão o voto mediante o que puder e estiver a acontecer na altura.

Hoje as sondagens são engraçadas, mas também são o que são, até podem ser manipuladas para desestabilizar as pessoas. A mim, sinceramente, nada me espanta ao ler certos artigos de opinião sobre o assunto e tenho notado que os maiores aflitos até nem transmitem muita confiança aos eleitores. Ainda por cima agora que a maior fasquia do eleitorado de direita é composta por jovens que se encontram cansados e enganados pelo atual Governo.

Promessas leva-as o vento, este Governo chegou ao poder sem ganhar nada, meramente encontrou a casa muito bem arrumada, que era só dar continuidade… ou esqueceram-se que Passos Coelho tomou conta do país na falência, que foi assim que José Sócrates o deixou, ele com mais alguns governaram-se a eles? Já se esqueceram? Mas como sempre a justiça só funciona para pobres e pessoas de bem, o resto analisem e vejam o que se passa em redor.

Neste meu artigo de opinião, se repararam, o início tem um pouco de agressividade. A ideia é tentar relembrar aos leitores de bem, algumas passagens de alguns dos nossos governantes e porquê? Estive a ler o artigo de opinião do jurista e antigo adjunto do ministro dos Assuntos Parlamentares, entre 2005-2007, do Governo de José Sócrates, o mesmo também foi assessor do Gabinete de Juízes do Tribunal Constitucional entre 2007-2014, e foi Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros entre 2015-2017 do Governo de António Costa.

Reparem nas datas, com razão que este senhor escreva um artigo a questionar qual é a pressa e que começa com um parágrafo de muita preocupação sobre a forma como o atual Presidente está a tratar o Governo, quando diz: “a insistência do atual titular do cargo em brandir, de quando em vez, em jeito de toca-e-foge, o seu poder de dissolução…”, mostra um pouco de aflição. Depois de tanto se ter falado sobre as presidenciais, este senhor está aflito e como agora joga, ou julga que joga, com a maioria e que se pode fazer de tudo e prejudicar outros, julgava que o Presidente ia ser muleta do Governo.

Esquecem-se que a lei aprovada para o Mais Habitação é desastrosa e para não falar dos professores. Portugal está a ficar sem classe média que são os que asseguram um país e este governo está a preparar o povo para depois fazer o que quer prometendo o impossível e nada conseguir cumprir, e depois vem o “ai quem nos acode”. O risco de instabilidade política é causado pelo Governo no poder. Acontece com todos, o muito tempo na governação é mau e cria maus vícios. Por isso, o artigo que li nada me espanta já que este senhor não é exemplo para ninguém, vem de escolas onde adquiriu e teve péssimas aulas, penso eu de que.

Mas tudo bem, o povo só tem que estar informado. Meus caros leitores tudo isto acelerou depois de termos um mês de agosto com água a ferver, com muito tempo e atenção nas conversas sobre as presidenciais, que só acontecem em 2026. Engraçado que seja, bastou o aparecimento no Pontal de algumas figuras públicas da ala da direita e o Marques Mendes, no seu comentário semanal, logo tratou de dar a entender que pode vir a ser candidato a Presidente, se o povo bem entender que ele pode dar um contributo ao país. Mas ainda muita tinta vai correr e até desacordos entre membros do mesmo lado, seja da esquerda ou da direita, e antes das presidenciais há outras eleições muito importantes que serão essenciais para os eleitores decidirem em quem votar. E, claro, a figura conta, neste momento a direita tem pessoas muito mais bem colocadas para suceder ao atual Presidente, mas tenham calma que ainda é cedo. A verdade é que os nervos começaram a aparecer por todos os quadrantes políticos.

A política tem destas coisas e eu adoro ver, ouvir e estou, sempre que posso, atento aos que escorregam na laje, ou tentam subir mais que um degrau de cada vez. Para terminar só tenho a dizer que difícil será suceder com a mesma popularidade e proximidade do povo que o atual Presidente tem. Simples e modesto, começou um pouco mal, mas agora está a desempenhar o seu papel de chefe de Estado.
Bom fim de semana.

Augusto Bandeira

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