Adriana Marques

Mudando o mundo como um bater de asas de uma borboleta

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Eu sou uma pessoa, assim como você, e não posso fechar os olhos para o que está acontecendo na guerra entre Israel e o Hamas. Embora chamemos isso de guerra com o nome do grupo Hamas, sabemos que a população palestina é quem mais sofre. Ambos os lados têm seus argumentos, sofrimentos, dores, perdas e medos. Não estou tentando tomar partido, não quero rotular ninguém como herói ou vilão, certo ou errado, porque, quando se trata de uma ‘guerra’, ambos os lados perdem, ambos falham. A parte histórica dessa situação, é algo que não sou especialista para dissertar.

O que quero discutir é como isso me afetou, e acredito que esse sentimento se espalhou pelo mundo. Sinto-me emocionalmente abalada, porque, como seres humanos sensíveis que somos, acabo me sentindo desesperançada em relação ao futuro da humanidade. É uma sensação avassaladora diante de tanta violência.
Além dos problemas cotidianos – dinheiro, carreira, planejamento do futuro, questionamentos existenciais, compras no mercado, pagamento de contas, relações, manutenção de amizades – todos esses estresses se acumulam. E, somado a tudo isso, temos que lidar com guerras como essa, entre muitas outras que ocorrem em todo o mundo. Digo ‘lidar’ porque qualquer cidadão deste planeta sente uma dor profunda ao testemunhar vidas infantis ceifadas de forma monstruosa.

Isso não é desanimador? Às vezes, me pego pensando que como raça, falhamos. É semelhante ao problema do aquecimento global; há cientistas que dizem que não há mais volta. Pode parecer pessimismo, mas acredito que a humanidade tenha se perdido. Estamos obcecados por acúmulo de dinheiro, poder e status, coisas superficiais que carecem de substância espiritual. Afinal, um dia todos nós nos tornaremos adubo da terra, e nada do que acumulamos neste planeta nos acompanhará.

Para evitar parecer excessivamente pessimista, convido a mim mesma e a você, que pode estar lendo estas palavras, a prestar mais atenção a si mesmo e a considerar como está contribuindo para as pessoas ao seu redor.
Que tipo de impacto está deixando naqueles que convivem com você? Como gostaria de ser lembrado? Reflita sobre suas ações diante das pessoas que cruzam o seu caminho.

Essas questões são essenciais para contrabalançar a corrente de energia negativa que parece envolver o nosso mundo. Mesmo as ações mais pequenas podem ser como o bater de asas de uma borboleta – como explica a Teoria do caos, “Já se foi dito que algo tão pequeno quanto o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo” – influenciando uma família, uma comunidade, uma sociedade e, quem sabe, até mesmo o mundo.

Escrever estas palavras para você me trouxe uma ponta de esperança. Se este texto provocar a reflexão em pelo menos uma pessoa, ficarei feliz, pois isso significará que movi um pequeno grão em direção a uma humanidade mais humana.

Adriana Marques/MS

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