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NATO quer reforçar defesa do espaço aéreo após balões chineses

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NATO Secretary General Jens Stoltenberg addresses a press conference ahead of a NATO Defence ministers’ meeting at the NATO headquarters in Brussels on February 13, 2023. (Photo by Kenzo TRIBOUILLARD / AFP)

 

A recente deteção e abate de objetos voadores não identificados (OVNI) por países da NATO “destaca a importância” de o bloco reforçar a capacidade de defender o seu espaço aéreo, defendeu esta segunda-feira o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.

Falando em conferência de imprensa na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), Stoltenberg referiu que o investimento dos Estados Unidos e do Canadá em radares modernizados e avançados, com melhores capacidades de defesa, “salienta a importância de reforçar e melhorar a capacidade de defender o espaço aéreo tanto sobre a América do Norte como também na Europa”.

O responsável salientou ainda que na próxima reunião dos responsáveis pela Defesa da NATO, na terça-feira, analistas irão indicar qual a melhor maneira de reforçar a monitorização para “melhor deteção de qualquer violação do espaço aéreo da NATO”.

Um outro aspeto relativo aos balões e OVNI espiões, acrescentou Stoltenberg, é que o avistamento destes revela “um padrão de que a China e também a Rússia estão a usar nas suas atividades de inteligência e vigilância contra os aliados da NATO”.

A China lançou “no decurso dos últimos anos” uma “frota de balões destinados a operações de espionagem” em todo o mundo, afirmou em 08 de fevereiro a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

“Balões chineses foram detetados sobre países dos cinco continentes”, em “violação da respetiva soberania”, declarou a porta-voz numa conferência de imprensa, alguns dias depois de os Estados Unidos terem abatido uma aeronave não-pilotada chinesa que sobrevoava o seu espaço aéreo — que as autoridades de Pequim disseram ser de origem civil e fazer investigação meteorológica e Washington considera servir para espiar instalações militares sensíveis.

Os Estados Unidos abateram no início do mês um “balão-espião” chinês que andava há dias a sobrevoar várias zonas do país, como o estado do Montana, no nordeste, onde se situa um dos três campos de silos de mísseis nucleares existentes em território norte-americano.

A China admitiu que o balão lhe pertence, mas disse que se tinha extraviado da rota devido a ventos fortes e que é usado para fins meteorológicos, não para espionagem.

Os Estados Unidos também anunciaram na sexta-feira que tinham detetado outro “balão-espião” sobre a América Latina, o que o Governo chinês também admitiu, embora continuando a manter que o dirigível não representava “qualquer ameaça”.

Os países sobre os quais foi detetado o aparelho foram a Costa Rica, a Colômbia e a Venezuela, segundo diferentes fontes.

A descoberta destes “balões-espiões” desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e motivou a suspensão de uma viagem já agendada do secretário de Estado, Antony Blinken, ao país asiático.

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