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Macron quer “complicar a vida” a não vacinados em França

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France’s President Emmanuel Macron reacts as he arrives for the launch of the “Etats Generaux de la Justice” (General States of Justice), a consultation which should lead in February 2022 to proposals for a possible reform project of the judicial system, at the Palais des Congres in Poitiers, western France, on October 8, 2021. – These States General will bring together for several months, in working groups, the entire ecosystem of justice : judges, prosecutors, clerks, auxiliaries, lawyers, bailiffs, prison guards, as well as volunteer citizens, via a digital platform. (Photo by STEPHANE MAHE / POOL / AFP)

 

O presidente francês admitiu, numa entrevista ao jornal “Le Parisien”, que pretende dificultar a vida dos não vacinados contra a covid-19, e restringir, a partir do dia 15 de janeiro, o seu acesso a eventos e espaços sociais.

“Quero realmente irritar os não vacinados. E assim vamos continuar a fazê-lo até ao fim. É essa a estratégia”, disse, numa entrevista que está a dar que falar pela expressão usada: “emmerder”.

Emmanuel Macron diz que não vai mandar prender os não vacinados, mas avisa, no entanto, que a partir do dia 15 de janeiro, eles deixarão de ter acesso a restaurantes, cafés, teatros ou cinemas. “Tu não poderás ir beber um café, não poderás ir mais ao teatro. Tu não poderás ir mais ao cinema”, advertiu.

As palavras do líder estão a gerar grande contestação por parte dos partidos políticos da oposição, que classificam o seu discurso como prepotente e nada apropriado para um presidente, sobretudo, numa altura em que o Parlamento francês debate uma possível legislação que, em caso de aprovação, permite aos vacinados ter um passe de saúde, restringindo o acesso à maioria dos espaços públicos apenas com teste negativo.

A três meses das eleições presidenciais francesas e depois de Macron, ainda sem uma candidatura formal, já ter feito saber ao “Le Parisien” que será de novo candidato, foram várias as reações dos políticos da oposição.

Valérie Pécresse, dos Republicanos, uma das principais candidatas à presidência, diz-se indignada com o facto de o presidente ter acusado pessoas não vacinadas de não serem cidadãos. “Tu tens que aceitá-los como são – liderá-los, uni-los e não insultá-los”, disse, em declarações, ao CNews.

Por sua vez, o político de esquerda Jean-Luc Mélenchon descreve as declarações como uma “confissão surpreendente”. “É claro que o passe de vacinação é uma punição coletiva contra a liberdade individual”, refere.

França tem, neste momento, uma das taxas mais elevadas de vacinação contra a covid-19 da União Europeia, com mais de 90% da população adulta vacinada.

JN/MS

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