Editorial

Confiamos em Toronto?

 

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Ana Bailão deve ser eleita como a próxima presidente da Câmara Municipal da cidade de Toronto.
A 26 de junho de 2023, os eleitores vão eleger o/a novo/a presidente da Câmara Municipal de Toronto. O/a novo/a presidente vai guiar os negócios da cidade ao longo dos próximos três anos, num momento crítico da vida de uma cidade em declínio. Independentemente do facto de serem 102 candidatos, a maioria concordaria que apenas sete são concorrentes sérios.

O Milénio Stadium fez uma análise dos candidatos e de como cada plataforma se manifestará nos próximos três anos. Todos concordamos que, atualmente, a cidade está a mergulhar em condições sociais degenerativas que podem afetar o modo de vida dos seus habitantes nos próximos anos. Por isso, esta eleição é de extrema importância, uma vez que as políticas adotadas pelos candidatos e aceites pelos eleitores podem ditar a nossa forma de vida ao longo dos próximos sete anos.

A deterioração do positivismo entre a população está a criar um vazio de incerteza e, por conseguinte, a abordagem regressiva do voto. Com mais de 20% dos eleitores indecisos sobre quem querem que seja o/a próximo/a presidente da câmara, a mensagem é possivelmente a de que nenhum dos candidatos preenche o vazio que esta cidade precisa de preencher neste momento.

As eleições são um aspeto fulcral da sociedade democrática e têm sérias implicações psicológicas tanto para os eleitores como para os candidatos.

A decisão de concorrer a uma eleição com tantos candidatos é complexa e pode mudar a sua vida, não só devido aos custos da campanha, mas também devido ao compromisso pessoal assumido, uma vez que pode não ter emprego depois das eleições, a não ser que seja um atual vereador que se candidate. Depois de observar os candidatos sérios expressarem uma interação de emoções, atitudes, crenças, motivações e comportamentos que podem moldar o seu processo de tomada de decisão, pode concluir-se que talvez nenhum candidato tenha demonstrado o que seria necessário para levar Toronto para o futuro. Para alguns, a falta de experiência e os preconceitos políticos torná-los-ão incapazes de governar eficazmente. O atual slogan “qualquer um menos Olivia Chow” reflete o receio de que esta candidata leve a cidade numa direção que não é a de que Toronto precisa. Ela tem apresentado uma campanha sobre nada, apenas focada em promessas para castigar aqueles que são progressivos nesta cidade. Esta campanha tornou-se numa campanha emocional e desprovida de originalidade.

Uma das principais componentes da gestão de uma cidade é a experiência empresarial e nenhum dos candidatos possui os atributos necessários para gerir a quarta maior cidade da América do Norte. Ao procurar originalidade nas promessas dos candidatos, encontrei uma reciclagem de ideias propostas por cada um deles, o que é um exemplo perigoso de um futuro sem soluções. A campanha transformou-se numa motivação dos eleitores pelo medo. Os preconceitos desempenharam um papel importante ao levar esta eleição numa direção em que a auto-servidão ou a lealdade ao partido político resultaram em erros de julgamento sobre o que esta cidade realmente precisa.

Todos os residentes desta cidade sabem o que é errado e o que é necessário para nos levar no caminho certo, mas quando os candidatos recusam a comprometer-se a respeitar os regulamentos, como o dos acampamentos nos parques, sabemos que Toronto se vai transformar na próxima São Francisco.

Nenhum dos candidatos demonstrou a coragem e a originalidade necessárias para lidar de forma persuasiva com as questões com que nos deparamos.

Temos de sair e votar nesta eleição tão importante e as escolhas para liderar tornaram-se mais claras. Toronto precisa de alguém com experiência, que seja sensível às necessidades sociais e que esteja preparado para representar todos os cidadãos.

Acredito que, apesar da complexidade desta cidade, a Ana Bailão é a candidata que deve ser eleita para liderar, uma vez que exemplifica da melhor forma os atributos de uma democracia inclusiva.

In Toronto we Trust?

Ana Bailão should be elected as the next mayor of the City of Toronto.

On June 26, 2023, voters will elect a new mayor for the City of Toronto. The new mayor will guide the business of the city over the next 3 years at a critical time in the life of a city in decline. Regardless of the fact that there are 102 candidates, most would agree that only 7 are serious contenders.

Milenio Stadium is conducting an appraisal of the candidates and what each platform will mean for the next 3 years. We can all agree that currently the city is plunging into degenerative social conditions that may affect the way of life for its residents for years to come. Therefore, this election is of extreme importance as the policies adopted by candidates and accepted by voters may dictate our way of life for the next 7 years.

The deterioration of positivism amongst the population is creating a vacuum of uncertainty and thus the regressive approach to voting certainty. With over 20% of voters’ undecided about who they want as to whom the next mayor may be, the message is possibly that none of the candidates fulfills the void of what this city needs at this time.

Elections are a pivotal aspect of democratic societies and have serious psychological implications for both voters and candidates. The decision to compete in an election with so many candidates is complicated and could be life changing due to not only the costs of running the campaign, but the personal commitment made where you may not have a job after the election, unless you are a current councilor who is running. After observing the serious candidates express an interplay of emotions, attitudes, beliefs, motivations, and behaviours that may shape their decision-making process, one can conclude that perhaps none of the candidates have shown what it would take to move Toronto into the future. For some, lack of experience and political biases will render them unable to govern effectively. The current slogan “anybody but Olivia Chow” is reflective of a fear that she will take this city into a direction which is not what this city needs now. She has run a campaign about nothing but promises to punish those who are progressive in this city. This has become an emotional campaign devoid of originality.

A major component of running a city is business experience and none of the candidates possesses the attributes necessary to manage the fourth largest city in North America. While searching for originality in the candidates’ promises, I found a recycling approach of ideas proposed by each which is a dangerous example of a future without solutions. The campaign has transformed itself into motivating voters by fear. Biases have played a major role in having taken this election into a direction where self-servitude or loyalty to political party have resulted in errors in judgement about what this city really needs.

The residents of this city all know what is wrong and what it would take to make things right, but when candidates even refuse to commit to uphold by-laws such as park encampments then we know that Toronto will become another San Francisco. None of the candidates have shown the courage and originality to deal persuasively with the issues.

We need to get out and vote in this most important election and the choices to lead have become clearer. Toronto needs someone with experience, compassionate for social needs and to be prepared to represent all citizens.

It is my belief that despite the complexity of this city, Ana Bailão is the candidate who should be elected to lead as she best exemplifies the best attributes of an inclusive democracy.

Manuel DaCosta/MS

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