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Trabalho não falta. É preciso mão de obra!

Trabalho não falta É preciso mão de obra-canada-mileniostadium
Créditos: DR

As Uniões, nomeadamente as que estão ligadas ao setor da construção, têm tido um importante papel a desempenhar neste tempo de pandemia. Informar os seus associados sobre as medidas de proteção e garantir que nos seus locais de trabalho são cumpridas todas as regras de segurança exigidas pelas autoridades de saúde, passou a ser um objetivo essencial no dia a dia de todos os que trabalham nestas instituições, que existem para isso mesmo – assegurar o melhor para os seus associados.

Segundo Horácio Leal, Union Representative dos Carpenters, Local 27, para além das medidas tomadas internamente, foi necessário intensificar a fiscalização nos locais de trabalho. A Local 27 dos Carpenters, orgulha-se aliás, de ter uma das forças de trabalho mais produtivas e qualificadas da construção, garantindo aos seus membros acesso a programas de treino e cursos ministrados por uma equipa de instrutores altamente qualificados através do College of Carpenters and Allied Trades.

Nesta entrevista que concedeu ao Milénio Stadium, Horácio Leal identificou como maior desafio para o futuro deste setor da construção o aumento de mão de obra. A pandemia e a paragem de processos de imigração, na sua opinião, tornaram a resolução deste problema (falta de mão de obra) um dos mais relevantes e urgentes. Porque trabalho não falta, nem faltará num futuro próximo.

Milénio Stadium: A pandemia chegou há um ano e meio. Em que medida o setor dos Carpenters sentiu o impacto da Covid-19?

Horácio Leal: O impacto da Covid-19 foi relativamente baixo no nosso sindicato, Local 27. Apesar da informação mudar diariamente, fizemos um esforço para mantermos os nossos membros o mais informados possível, para se poderem manter nos seus locais de trabalho. 

MS: Os condicionalismos próprios desta pandemia obrigaram a uma alteração profunda nos procedimentos do trabalho dos vossos associados?

HL: Sim, tivemos que nos adaptar com as novas regras de segurança no trabalho impostas pelo Governo do Ontário. Uma das muitas medidas importantes que nós tomámos foi oferecer máscaras e desinfetantes para todos os membros. Os nossos representantes estiveram ainda mais ativos na inspeção e representação nos locais de trabalho.

Fiscalizamos todos os locais de trabalho para garantir que os empreiteiros providenciam as condições necessárias para que os nossos membros se sintam informados, protegidos e que regressem a casa com toda a segurança para as suas famílias.

MS: Que papel cabe à União nesta necessidade de se incutir mudança na forma de trabalhar? A vossa atividade ligada ao Training dedicou-se a esta área em particular?

HL: A Local 27 tem um lugar importante com todas estas mudanças relacionadas com Covid-19. Nós esforçamo-nos para garantir que todos os nossos membros estejam seguros e tenham acesso a todas a condições agora impostas pelo Ministério do Trabalho.

Os nossos líderes tiveram uma preocupação para que os treinos necessários fossem oferecidos. Para nós os membros são o sindicato, por isso o dever de informar e treinar em todos os aspetos.

MS: Estamos em pleno processo eleitoral – do que se conhece das propostas dos diversos partidos o que é que os canadianos podem esperar do futuro, no mundo do trabalho?

HL: Acredito que os nossos membros não se precisam de preocupar com o impacto das eleições no nosso setor. A nível de estabilidade no trabalho, tanto a nível local e provincial, temos imensos projetos em andamento e inúmeros novos projetos prestes a começar. Estes projetos incluem não só rede de transportes públicos como também hospitais, laboratórios farmacêuticos, instituições de apoio à terceira idade (long-term care) e escritórios. E tantos outros…

MS: Quais são os grandes desafios que se colocam no futuro próximo à vossa União?

HL: A meu ver um dos maiores desafios para a nossa organização sindical é o facto de ser preciso ter a mão de obra suficiente para o número de projetos que existem e existirão num futuro próximo. Acredito que isto é um problema geral com o setor da construção, especialmente depois da Covid-19, devido ao facto de a imigração ter parado.

Catarina Balça/MS

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