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Rússia nega ter enviado resposta por escrito a propostas dos EUA

milenio-stadium-mundo-russiPresident Putin attends events marking 78th anniversary of breaking Nazi blockade of Leningrad
epa09712151 Russian President Vladimir Putin lays flowers at the Piskaryovskoye Memorial Cemetery to mark the 78th anniversary since Leningrad siege was lifted during the World War II, in St. Petersburg, Russia, 27 January 2022. Up to 700,000 civilians are believed to have died from hunger, frost, shelling and air bombardment during the siege of Leningrad by Nazi German army that lasted some 900 days during the World War II. EPA/ALEKSEY NIKOLSKYI / SPUTNIK / KREMLIN POOL MANDATORY CREDIT

 

A Rússia negou, esta terça-feira, que tenha enviado aos Estados Unidos da América (EUA) uma resposta por escrito a uma proposta norte-americana para desanuviar a crise sobre a Ucrânia.

“Não é verdade”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexander Grushko, à agência de notícias russa Ria Novosti, citada pela agência norte-americana Associated Press (AP).

A Ria Novosti também citou um diplomata russo, cuja identidade não foi divulgada, que apontou que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, enviou uma mensagem ao seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, e a outros colegas ocidentais sobre “o princípio da indivisibilidade da segurança”.

As fontes citadas pela agência russa disseram, no entanto, que não se trata de uma resposta às propostas dos EUA.

O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitry Peskov, disse hoje aos jornalistas que tem havido confusão sobre a troca de missivas entre Moscovo e Washington, e afirmou que a resposta da Rússia às propostas dos Estados Unidos ainda está em curso.

O que foi transmitido aos funcionários ocidentais “foram outras considerações, sobre uma questão um pouco diferente”, disse Peskov, citado pela AP.

Três funcionários do Governo norte-americano que não foram identificados pela AP disseram, na segunda-feira, que a Rússia tinha enviado uma resposta escrita às propostas dos EUA, também enviadas por escrito.

Um funcionário do Departamento de Estado, que também não foi identificado, recusou-se a dar mais detalhes sobre a resposta, considerando “imprudente discutir em público” e acrescentando que devia ser a Rússia a divulgar o conteúdo.

As propostas dos Estados Unidos já constituíam uma resposta escrita a exigências da Rússia para desanuviar a crise sobre a Ucrânia, suscitada pela concentração de dezenas de milhares de tropas russas junto à fronteira com o país vizinho.

Os dirigentes ucranianos e ocidentais acusam a Rússia de ter enviado as tropas para a fronteira para invadir novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.

Essas exigências incluem uma garantia de que a Ucrânia nunca será membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e que a Aliança retirará as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos rejeitaram as exigências russas, mas deixaram a porta aberta para conversações sobre outras questões de segurança, tais como destacamentos de mísseis ou limites recíprocos de exercícios militares.

Os chefes da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e norte-americana, Antony Blinken, têm na agenda de hoje uma conversa telefónica sobre a crise entre a Ucrânia e a Rússia.

Na segunda-feira, num debate no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a crise, a Rússia acusou o Ocidente de “fazer aumentar as tensões” sobre a Ucrânia e disse que os Estados Unidos tinham levado “nazis puros” ao poder em Kiev.

A embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield, respondeu que a crescente força militar russa ao longo das fronteiras da Ucrânia constitui a “maior mobilização” de tropas na Europa em décadas.

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