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Gabinete da Interpol em Pretória opõe-se à libertação de João Rendeiro

O ex-banqueiro João Rendeiro à saída de uma esquadra de polícia para ser reencaminhado para um tribunal de família, local onde será presente a um a juiz em Verulam, Durban, África do Sul 15 de dezembro de 2021. João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana. LUÍS MIGUEL FONSECA/LUSA

 

Polícia alega que ex-banqueiro não tem residência, imóveis, família e emprego na África do Sul. Sustenta que há ainda a probabilidade do fundador do BPP tentar fugir ou o suicídio para evitar a extradição para Portugal

O polícia colocado no Gabinete de Extradição da Interpol, em Pretória, África do Sul, e responsável pelo processo relacionado com João Rendeiro, defende que é muito provável que o ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) volte a fugir e informou o tribunal que se opõe à sua libertação, mesmo com o pagamento de fiança. “Fugiu quando soube que tinha sido condenado em Portugal e tem um forte incentivo para fugir novamente num momento apropriado e conveniente, se for libertado sob fiança”, alega o sargento Kabelo Derrick Seanego, num documento apresentado no tribunal de Verulam, onde o antigo banqueiro está a ser inquirido.

Nesse ofício, ao qual o JN teve acesso, o membro do Gabinete da Interpol sustenta que João Rendeiro “não tem um endereço residencial fixo na África do Sul”, país onde também “não tem bens imóveis, nem qualquer emprego fixo”. Ele parece estar de boa saúde e, portanto, capaz de viajar facilmente. A família do requerente [João Rendeiro] parece estar em Portugal e ele não tem laços familiares que o mantenham dentro das fronteiras da África do Sul”, acrescenta Kabelo Derrick Seanego.

Entrevista aponta para hipótese de suicídio

O polícia sul-africano lembra, igualmente, a entrevista dada pelo ex-presidente do BPP à CNN Portugal, durante a qual “recusou descaradamente regressar a Portugal”. “A conduta e o tom da entrevista sugerem que o requerente não estará, em circunstância alguma, preparado para regressar a Portugal. Além disso, não se deixa comover pela prisão domiciliária da sua esposa para regressar ao país. Se for libertado sob fiança, irá tentar escapar ao inquérito e processos de extradição, para evitar qualquer possibilidade do regressar a Portugal”, frisa.

Kabelo Derrick Seanego admite, por fim, a “probabilidade” de João Rendeiro tentar o suicídio, “devido a certos comentários feitos na entrevista da CNN”. “Com base em todas as informações disponíveis, sou da firme opinião de que existe uma forte probabilidade de ele se furtar à sua audiência de extradição”, conclui o polícia.

JN/MS

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