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Peste & Sida – Uma História de Resistência e Renovação na Música Portuguesa

Peste & Sida-artesonora-milenio
Credito: DR

 

Os anos 80 testemunharam o nascimento de inúmeras bandas importantes em Portugal, e entre elas, os Peste & Sida, que emergiram como uma das vozes mais notáveis e ousadas do cenário rock. Formados em 1986, a banda manteve a sua chama ao longo dos anos, afirmando-se como uma das referências mais marcantes do rock português. 

Com uma carreira que atravessa décadas, os Peste & Sida continuam a influenciar e a surpreender, prova disso é o seu mais recente álbum, “Não Há Pão”, uma prova viva da sua resiliência e compromisso com a música. “Não Há Pão” não é apenas um novo álbum; é um grito apaixonado contra as adversidades que persistem em desafiar a sociedade, enquanto se celebra a paixão pelo rock’n’roll. 

A banda não se intimida com as novas pragas que se entrelaçam com as lutas de sempre. Eles proclamam que, embora possa faltar pão, jamais faltará o poder transformador da música. Com 10 faixas, “Não Há Pão” é uma experiência musical que passa da simples audição. A banda descreve essas faixas como “chapadas musicais” e uma maneira de enfrentar de frente as elites vampirescas da sociedade. O álbum é, sem dúvida, um convite para a comunidade PESTE & SIDA, o círculo de amigos e fãs que percorrem gerações, para celebrar juntos a música e enfrentar os desafios com a mesma determinação de sempre. O álbum é uma mistura de luta e festa, com colaborações de músicos que compartilham laços profundos de amizade com a banda. A presença de nomes como Freddy Locks, Johnnie Simbiose, Ricardo Pinto e Gonçalo Prazeres acrescentam novas dimensões às composições, enquanto se mantém fiel à essência sonora dos Peste & Sida. 

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Credito: DR

A musicalidade eclética do álbum – com influências do punk e do ska – mostra a disposição da banda em explorar territórios musicais inexplorados. A produção de “Não Há Pão” é uma manifestação de união entre gerações e talentos. A edição de autor do álbum, distribuída pela Amazing Artists Records, está disponível em formato CD e em formato vinil. Além das composições originais, o álbum presta homenagem a outros artistas, reafirmando a riqueza do património musical português. É um testemunho da força de vontade e da resiliência dos Peste & Sida. 

As gravações, iniciadas em dezembro de 2021, foram marcadas pela pandemia. Agora com o desafio expresso na frase “Ei tu, vem daí!”, a banda está pronta para enfrentar as adversidades, celebrar o rock’n’roll e inspirar aqueles que escolheram a música como refúgio e paixão. A mensagem é clara: a música é a arma que os Peste & Sida usam para enfrentar as tempestades e transmitir a sua energia inquebrável a todos os que se unem ao seu círculo musical. Como um farol de renovação, eles continuam a iluminar o cenário musical português com a sua paixão incansável e determinação inflexível. 

A história dos Peste & Sida é uma narrativa de resistência e renovação na música portuguesa. Desde seus primórdios como “putos” desajeitados a participar em concursos e a enfrentar o ceticismo inicial, até se transformarem numa das bandas de rock mais icónicas de Portugal, o caminho deles é um testemunho de perseverança. O álbum “Veneno”, que surgiu no meio da inexperiência e da adversidade, permanece como uma marca importante no cenário musical português. Seja através de letras que desafiam as elites ou de colaborações que transcendem gerações, os Peste & Sida continuam a redefinir o que significa ser uma banda de rock dedicada à autenticidade e à paixão. Num mundo em constante mudança, onde desafios nunca cessam e novas crises emergem, os Peste & Sida são um lembrete poderoso de que a música é uma força transformadora. A sua história e a música que produzem são um hino à resiliência humana e à capacidade de superar obstáculos através da expressão artística. À medida que o tempo avança e novas gerações de fãs se juntam na sua comunidade, os Peste & Sida continuam a ser a esperança, inspirando todos a abraçar a música como uma forma de enfrentar a escuridão e celebrar a vidana sua forma mais vibrante. “Bora Rockar”! A mensagem ressoa, convidando todos a se unirem num caminho musical de resistência, renovação e paixão pelo rock.

Paulo Perdiz/MS

 

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