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Ancas, Folk, Arte Urbana, Cinema e Burros

 

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A celebrar 15 anos de vida, numa caminhada que nem sempre foi fácil, mas consistente, a presente edição do Folk Ancas – Anadia vai trazer novamente “o mundo” à aldeia. As danças e as músicas do mundo, a música tradicional associada a um ambiente de festa, o apelo às raízes tradicionais dos diferentes povos e culturas são, desde sempre, premissas do Folk Ancas – Anadia e que fazem com que este projeto do se assuma como um dos festivais “mais fora da caixa” da região centro.

Na presente edição, a decorrer de 7 a 16 de julho 2023, no conjunto das atividades, são esperados mais de 3 mil espectadores e Artur Castro reconhece “o muito trabalho, mas também o gosto em fazer um evento desta natureza”, com destaque para “o leque de projetos que conseguimos reunir este ano”, que se traduz “no cartaz mais forte de sempre, em termos de proposta e consistência cultural”. Por outro lado, “este evento continua a trazer a contemporaneidade à ‘ruralidade’, permitindo viver o território rural como um espaço de futuro”, frisa Artur Castro. Este responsável do Club de Ancas, entidade organizadora, sublinha ainda que o Folk pretende ainda promover a aldeia de Ancas, o concelho de Anadia e a região da Bairrada através da cultura com foco em projetos musicais ligados ao folk, à música tradicional e ao “world music underground made in Portugal”.

Na Europa e particularmente em Portugal, residem de forma mais ou menos permanente músicos de várias origens, sobretudo sul-americanos e africanos que compõem parte dos grupos participantes como os G Combo, Curcumbia, Malotira ou Os Sabugeiros. A música tradicional portuguesa estará fortemente representada com os grupos Voz-Quando-Foje, Rodrigo Serrão, Crua e GEFAC – Grupo Etnográfico e Folclórico da Academia de Coimbra. Para esta edição, de Itália virão os La Miseria Deluxe e o duo Jabel Kanuteh (Gãmbia) e Marco Zanotti. Para as danças do mundo, além de grupos portugueses estará representado o folk da Geórgia, Sérvia e Bolívia.
Nesta 15.ª edição a atividade volta a estar centrada na Quinta Convivial do Club de Ancas, com alguns espetáculos a decorrerem na sede do concelho e na Curia, em parceria com o Município de Anadia, mas também através de parceria com o Folk de Cantanhede, Juntas de Freguesia, Associações e Comissões de Festas, pretendendo, assim, levar o Folk a diversos públicos. O evento, que se assume ainda como um contributo para “pensar o concelho de Anadia através da Cultura” (e por isso conta com o apoio da autarquia anadiense) pretende ainda “ajudar a criar memórias, individuais e coletivas, tudo assente no propósito de salvaguardar o património cultural e imaterial”, explica Artur Castro.

Nesta edição, a gastronomia, a música, a dança, os jogos tradicionais, o artesanato, a arte contemporânea e o cinema são propostas a não perder.

Do cinema à arte também passando pela arte urbana. Um dos destaques vai para a mostra de cinema que promete muita qualidade, com 13 sessões marcadas, num roteiro que passa por Ancas, Avelãs de Cima, Avelãs de Caminho, Anadia, Sangalhos, Febres e Cantanhede. Falamos da Mostra de Cinema de curtas-metragens, designada “Cinema na Eira”, que decorre de 30 de junho a 28 de julho, com curadoria do CineClub Bairrada, onde o cinema (documental/ficção/etnográfico) promete trazer “o mundo” à plateia. Natural destaque terá o cine concerto do filme de Vasco Otero “Epopeia Gandareza”, uma produção do CineClub Bairrada. Esta Mostra Cinema na Eira tem o apoio da Camões TV.

 

folk - milenio stadium (1)

 

Outro destaque prende-se com o facto deste ser um festival inter-geracional, associando a Oficina de Férias “FOLK4KIDS”, ao ClubSénior do Club de Ancas. “Na prática haverá uma interação na horta comunitária que vai ser trabalhada por idosos e crianças”, até porque esta Oficina de Férias vai decorrer de 3 a 28 de julho, tendo este ano, entre várias colaborações, a participação, da Associação dos Artistas Plásticos Bairrada que vai transformar os participantes em artistas.

Uma nota ainda para a exposição inédita de cerâmica, intitulada “Burros e outros Monstros”, a cargo do artista plástico, natural de Ancas, de Pedro d’Oliveira e que será uma enorme mais-valia para o Folk que volta em 2023 a contar com o trabalho voluntário, de jovens, mas também de pessoas de mais idade, cheias de bondade, que se disponibilizam a colaborar, interrompendo férias e afazeres pessoais para ajudarem no Folk. Como ofertas complementares, a presente edição terá ainda: Artesanato/Mercado de produtos naturais (14 a 16 de julho); Gastronomia/Bares (14 a 16 de julho) e Campismo (13 a 17 de julho).

Paulo Perdiz/MS

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