AmbienteBlog

Vamos no caminho errado

Terra Viva

tempestade destruicao - milenio stadium

 

 

Um novo relatório coordenado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) e fruto do trabalho de várias agências, evidencia contínuas subidas recordes de gases de efeito estufa.

No press-release veiculado pela organização pode ler-se:

“O relatório, United in Science, mostra que as concentrações de gases de efeito estufa continuam a subir para níveis recordes. As taxas de emissão de combustíveis fósseis estão agora acima dos níveis pré-pandemia após uma queda temporária devido a bloqueios. A ambição das promessas de redução de emissões para 2030 precisa ser sete vezes maior para estar alinhada com a meta de 1,5°C do Acordo de Paris”

Os últimos sete anos foram os mais quentes já registados. Há 48% de probabilidades de que, durante pelo menos um ano nos próximos cinco anos, a temperatura média anual seja temporariamente 1,5°C superior à média de 1850-1900. À medida que o aquecimento global aumenta, “pontos de inflexão” no sistema climático não podem ser descartados.

Cidades que abrigam milhares de milhões de pessoas e são responsáveis por até 70% das emissões causadas pelo Homem enfrentarão impactos socioeconómicos crescentes. As populações mais vulneráveis serão as que mais sofrerão, diz o relatório que dá exemplos de condições meteorológicas extremas em diferentes partes do mundo este ano.

Os compromissos que têm sido assumidos pelos governos mundiais não estão a ser cumpridos.

O que se promete e o que se almeja está muito distante da realidade, desta forma os objetivos apontados para 2030 serão impossíveis de atingir.

Aproxima-se mais uma COP-27, a Cimeira Mundial do Clima, a ser realizada entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm el-Sheikh no Egito. Apesar do esforço e dos alertas, da Organização da Nações Unidas (ONU) as COP (Conference of the Parties), e apesar dos tratados assinados, as nações não se têm comprometido verdadeiramente. Uma vez mais se depositam esperanças nesta cimeira, mas os governos mundiais parecem ainda não ter percebido que ao não agirem, essencialmente por questões económicas, os custos são muito maiores do que os sacrifícios financeiros necessários. E não falamos apenas do futuro, infelizmente os custos das alterações climáticas e eventos extremos, são uma realidade do presente.

 

ambinete - milenio stadium (1)

 

Deixo aqui a mensagem do Secretário-Geral da ONU, António Guterres:

“Cheias, secas, ondas de calor, tempestades extremas e incêndios florestais vão de mal a pior, quebrando recordes com frequência alarmante. Ondas de calor na Europa. Inundações colossais no Paquistão. Secas prolongadas e severas na China, no Corno da África e nos Estados Unidos. Não há nada de natural na nova escala desses desastres. Eles são o preço do vício e dependência da humanidade nos combustíveis fósseis. O relatório United in Science deste ano mostra os impactos climáticos na direção de um território desconhecido de destruição. No entanto, a cada ano duplicamos esse vício em combustíveis fósseis, mesmo quando as consequências pioram rapidamente.”

Temos urgentemente de sair deste caminho errado. Que a humanidade e os seus líderes, por favor, ouçam e entendam o apelo da sensatez.

Paulo Cardoso/MS

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER