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Taxas de juro devem começar a baixar no verão

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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, admitiu hoje que poderá haver reduções nas taxas de juro diretoras no verão, mas assinalou que eventuais decisões dependem da evolução de alguns indicadores.

“Diria que é provável”, afirmou a responsável do BCE em entrevista à Bloomberg, em Davos, na Suíça, depois de ter sido questionada sobre uma possível descida das taxas de juro, mas apontando, no entanto, que tem “de ser reservada” nesta matéria.

“Tenho de ser reservada, porque também estamos dependentes de dados e ainda há um certo nível de incerteza e alguns indicadores ainda não estão ao nível que gostaríamos de os ver”, acrescentou a responsável.

A resposta de Lagarde surge na véspera do começo do chamado período de silêncio que antecede as reuniões de política monetária, agendadas para 25 janeiro.

A contenção de Lagarde junta-se à de colegas seus na tentativa de atenuar as expectativas de um recuo intenso, mas reconheceu, ainda assim, que se está no caminho certo para se baixar os custos dos empréstimos.

“Cada membro do Conselho do BCE tem a sua opinião, que eu respeito completamente”, acrescentou.

“Regra geral, as decisões que tomamos são baseadas em dados. Alguns deles têm os seus dados internos locais, têm as suas respetivas taxas de inflação, que são diferentes de um país para o outro”, defendeu.

Apesar de um consenso crescente, Lagarde reconheceu que as apostas dos mercados em cortes agressivos da inflação podem atrapalhar os esforços do BCE.

“Não está a ajudar a nossa luta contra a inflação se a antecipação for tal que a expectativa seja maior do que o que é provável acontecer”, disse.

No passado dia 11, Lagarde tinha apontado que as taxas de juro na zona euro já deveriam ter atingido o seu pico, depois de subidas motivadas pela elevada inflação no ano passado.

Para combater a inflação elevada, o BCE levou a cabo um ciclo de aperto monetário sem precedentes: dez aumentos consecutivos das taxas entre julho de 2022 e setembro de 2023.

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor abrandou significativamente desde que a taxa de inflação atingiu um pico de dois dígitos no final de 2022, mas permanece acima da meta do BCE de 2%.

Em dezembro, a inflação na zona euro acelerou ligeiramente para 2,9%, após 2,4% em novembro, um salto que era amplamente esperado.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.

A taxa de depósitos do BCE permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.

JN/MS

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