Portugal

Só 46% dos municípios ganharam população em 2022

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Maioria está localizada no litoral e nas regiões autónomas. E só 13 tiveram saldos naturais e migratórios positivos.

Com mais óbitos do que nascimentos, mantendo, de ano para ano, o saldo natural no vermelho, o crescimento da população residente continua sustentado nas migrações. No ano passado, de acordo com os dados regionais na manhã desta segunda-feira divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em Portugal aumentou 0,44% (contra +0,26%, em 2021), para os 10.467.366 habitantes, com todas as regiões a registarem um acréscimo.

Para este crescimento muito contribuiu a componente migratória (+0,83%, contra +0,69% em 2021), compensando a quebra na componente natural (-0,39%, contra -0,43% em 2021, por via do aumento do número de nascimentos no nosso país, de novo acima dos 80 mil). De acordo com o INE, o impacto dos fluxos migratórios foi superior nas regiões do Alentejo e Norte, acima dos +0,90%. Já na Área Metropolitana de Lisboa revelou-se menos intenso (+0,60%).

Se todas as regiões viram a sua população aumentar no ano passado face a 2021, uma análise mais fina demonstra que apenas 46% dos municípios – 143 – ganharam mais residentes. Maioritariamente localizados na faixa litoral do Continente e nas regiões autónomas, mantendo-se a tendência de litoralização do país.

E, destes, só em 13 aquele ganho se fez quer pela variante migratória quer natural. Foram eles: Odivelas, Amadora, Loures, Sintra e Vila Franca de Xira, na Área Metropolitana e Lisboa; Esposende, Braga, Vizela e Lousada, no Norte; Corvo, Lagoa e Ribeira Grande, nos Açores; e Albufeira, no Algarve.  Nos restantes, nota o INE, “o aumento populacional deveu-se exclusivamente a um saldo migratório positivo”.

Do lado das perdas, dos 161 municípios que viram a população residente diminuir, destaque para as quebras superiores a 2% em Barrancos e Alcoutim. E, daquele universo, 17 municípios “registaram um saldo negativo em ambas as componentes demográficas” (migratório e natural), dos quais sete no Norte (Resende, Baião, Cinfães, Arouca, Felgueiras, Castelo de Paiva e Guimarães), cinco no Alentejo (Barrancos, Elvas, Portalegre, Campo Maior e Vila Viçosa), quatro no Centro (Manteigas, Penacova, Sever do Vouga e Guarda) e ainda Setúbal.

População mais envelhecida 

Se os dados do INE confirmam o esvaziamento do interior do país, por outro lado confirmam, também, e sem surpresas, o envelhecimento da população portuguesa, com a pirâmide etária a estreitar na base e a alargar no topo. No ano passado, a mediana da idade dos residentes fixou-se nos 47 anos a nível nacional, que compara com 46,7 anos em 2021. Sendo que os “25% de população residente com menor idade tinham até 26,7 anos (1.º quartil) e os 25% de população mais velha tinha 64,2 ou mais anos”.

Numa análise por sub-regiões, constata o INE que o valor do 1.º quartil “variava entre 23,9 anos” nos Açores e “35 anos no Alto Tâmega”. Já no extremo oposto, era mais elevado no Alto Tâmega (71,1 anos) e mais baixo nos Açores (59,1 anos). De notar, ainda, que “o Alto Alentejo e o Baixo Alentejo apresentaram as maiores diferenças, superiores a 39 anos, entre o 3.º e o 1.º quartil da idade da população”.

Em 16 das 25 sub-regiões a idade mediana foi superior à referência nacional de 47 anos. Com destaque para o Alto Tâmega, nos 56,6 anos. Em sentido contrário, Açores (42,7 anos) e Área Metropolitana de Lisboa (45 anos) foram as únicas sub-regiões com idade mediana igual ou inferior a 45 anos.

Assim, conclui o INE, o interior Norte e Centro do país apresentavam maior nível de envelhecimento, “por oposição aos municípios do litoral e das regiões autónomas”. Mas há exceções, com os municípios de Viseu, Évora e Beja a constituírem “bolsas de vitalidade demográfica”.

Contas feitas, no ano passado, 45,8% dos municípios apresentavam idades medianas superiores a 50 anos, com Oleiros, Pampilhosa da Serra, Alcoutim e Vinhais acima dos 62 anos. Já Ribeira Grande e Lagoa, nos Açores, foram os únicos municípios com idade mediana abaixo dos 40 anos.

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