Bancário português ajudou rede transnacional a “lavar” mais de 20 milhões
O subgerente de um banco foi detido, anunciou nesta terça-feira a Polícia Judiciária (PJ), por integrar uma rede criminosa internacional que, desde 2019, usou empresas de fachada de Portugal e Bélgica para “lavar” mais de 20 milhões de euros.
Segundo a PJ, o bancário, de 43 anos, fornecia informações de natureza bancária a elementos de uma rede transnacional que se dedica ao branqueamento de capitais. Com base nessa informação, o grupo criminoso constituía empresas de fachada, geridas por testas de ferro.
Quase todas ligadas ao setor da construção civil, estas empresas, acrescenta a PJ, “não desenvolviam qualquer atividade real, sendo exclusivamente utilizadas para a emissão de faturação falsa, que sustentaria as transferências bancárias recebidas, as quais ascenderam a um valor superior a 20 milhões de euros”.
Abria contas com documentação falsa
O subgerente do banco português também “procedia à abertura de contas bancárias para cidadãos estrangeiros, não residentes no país, com a utilização de documentação falsa, através das quais solicitava créditos bancários”. Após receber os montantes do empréstimo, a rede ainda pagava as primeiras mensalidades acordadas, mas depois deixava de cumprir os compromissos assumidos com o banco.
A maioria do dinheiro do empréstimo era, assim, dividido entre o bancário e os elementos do grupo criminoso.
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