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Rússia alerta NATO para risco de uma “verdadeira guerra nuclear”

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(FILES) In this file photo taken on May 07, 2018 Russian president-elect Vladimir Putin (L) shakes hands with former German chancellor Gerhard Schroeder as then outgoing Prime Minister Dmitry Medvedev stands nearby during a ceremony inaugurating Vladimir Putin as the new Russian President at the Kremlin in Moscow. – The German government will consider withdrawing perks given to ex-chancellor Gerhard Schroeder because of his close ties to Russian President Vladimir Putin, Germany’s finance minister said April 30, 2022. Schroeder, who is a lobbyist for Russian gas, sparked fresh outrage after he told the New York Times that he would only give up his links if Russia stopped delivering gas to Germany. (Photo by Alexey DRUZHININ / SPUTNIK / AFP)

 

A Rússia alertou, esta quinta-feira, que a ajuda militar ocidental à Ucrânia e os exercícios da NATO perto das suas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e o risco de uma guerra nuclear total.

O alerta, feito pelo vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, surgiu no dia em que o Presidente e a primeira-ministra finlandeses divulgaram o seu apoio à adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Medvedev não menciona a possibilidade de a Finlândia e a Suécia poderem aderir à NATO, mas acusa os países da Aliança Atlântica de estarem a aumentar o risco de uma guerra total com o seu apoio militar à Ucrânia na guerra com a Rússia.

“Os países da NATO a fornecer armas à Ucrânia, a treinar as suas tropas para utilizar equipamento ocidental, a enviar mercenários e os exercícios por países da Aliança perto das nossas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e aberto entre a NATO e a Rússia, em vez da ‘guerra por procuração’ que estão a travar”, escreveu Medvedev na rede social Telegram.

No texto, citado pela agências russa TASS e espanhola EFE, Medvedev avisa que “um tal conflito tem sempre o risco de se transformar numa verdadeira guerra nuclear”.

“Este será um cenário catastrófico para todos”, disse o ex-Presidente (2008-2012) e ex-primeiro-ministro da Rússia (2012-2020).

Medvedev, um aliado do líder russo, Vladimir Putin, acusou ainda o Ocidente de cinismo e de colocar no “topo da agenda” internacional a “tese de que a Rússia assusta o mundo com um conflito nuclear”.

Por isso, referiu, o Ocidente não deve enganar-se a si próprio ou os outros, mas “pensar nas possíveis consequências dos seus atos”.

Medvedev reafirmou a acusação ao Ocidente de travar uma guerra por procuração contra a Rússia na Ucrânia, como já tinha feito quando criticou os Estados Unidos de estarem a fornecer ajuda militar “sem precedentes” a Kiev.

Além de sanções económicas sem precedentes contra a Rússia, mais de 25 países, incluindo Portugal, já anunciaram o envio de material militar para a Ucrânia, num esforço conjunto para ajudar Kiev a resistir e a fazer recuar a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.

Antes da invasão, a Rússia exigiu a proibição da entrada da Ucrânia na NATO e o recuo de tropas e armas da Aliança Atlântica para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.

A guerra na Ucrânia levou, no entanto, a Finlândia e a Suécia a ponderar o abandono da sua neutralidade histórica para aderir formalmente à NATO.

A Rússia já ameaçou que tal decisão pode vir a ter “efeitos políticos e militares” para a Suécia e para a Finlândia.

Uma adesão da Finlândia à NATO constitui a maior alteração na política de defesa e de segurança do país nórdico desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando travou duas guerras contra a União Soviética.

Durante o período da Guerra Fria, a Finlândia ficou longe da NATO para evitar provocar a União Soviética, optando por permanecer como país neutral, mantendo boas relações com Moscovo e também com Washington.

Nas últimas semanas, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que a aliança militar acolheria a Finlândia e a Suécia — países com Forças Armadas “fortes e modernas” – “de braços abertos” e que esperava que o processo de adesão fosse rápido e tranquilo.

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