Relógio do Apocalipse deixa humanidade a 90 segundos da autodestruição
A invasão da Ucrânia e o perigo de um conflito nuclear levaram a organização “Bulletin of the Atomic Scientists” a mexer nos ponteiros do simbólico relógio, ferramenta de análise da vulnerabilidade global.
O metafórico Relógio do Apocalipse, que analisa as ameaças à humanidade, está, agora, a apenas 90 segundos da meia-noite. Nunca antes se tinha estado tão perto do fim, anunciaram esta terça-feira os especialistas da organização sem fins lucrativos “Bulletin of the Atomic Scientists”. Este relógio foi inventado por investigadores de várias áreas que analisam os riscos criados pelo ser humano e o perigo que eles representam para a sua autodestruição. Assim, à medida que os ponteiros se aproximam da meia-noite, mais próximo estará o fim da humanidade.
A atualização do relógio, originalmente definido nas 23.53 horas, é feita anualmente, podendo não ser registada qualquer alteração. Em 2020, os especialistas colocaram os ponteiros a 100 segundos das 12 badaladas, registo que se manteve nos dois anos seguintes. Agora, decidiram encurtar a distância devido à guerra na Ucrânia e ao perigo crescente de uma escalada nuclear.
“O novo horário também foi influenciado pelas ameaças contínuas da crise climática e pelo colapso das normas das instituições globais para mitigar os riscos associados ao avanço das tecnologias e às ameaças biológicas, como a covid-19”, explicaram, num comunicado citado pela AFP.
A altura em que a humanidade esteve mais distante do fim, a 17 minutos da meia-noite, foi em 1991, após o fim da Guerra Fria. De referir que o relógio como símbolo da vulnerabilidade global surgiu em 1947.
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