Um caça russo Su-27 colidiu com um drone americano MQ-9 Reaper sobre o Mar Negro na terça-feira, disse o Comando Europeu do exército dos EUA.
“O nosso avião MQ-9 estava a conduzir operações de rotina no espaço aéreo internacional quando foi intercetado e atingido por um avião russo, resultando num acidente e na perda completa do MQ-9”, disse o General da Força Aérea Americana James Hecker, comandante das Forças Aéreas dos EUA Europa e Forças Aéreas Africanas.
“De facto, este ato pouco seguro e pouco profissional por parte dos russos quase provocou a queda de ambos os aviões”.
O Mar Negro é uma área sob forte vigilância da NATO desde o início da guerra na Ucrânia e costuma ser palco de interações entre drones e aeronaves dos países dessa aliança militar e das Forças Armadas russas.
“É possível que os canais diplomáticos amenizem o ocorrido”, dada a situação altamente inflamável com a Rússia, comentou uma fonte militar à AFP.
Fabricado pela empresa americana General Atomics, o drone Reaper é uma aeronave pilotada remotamente, do tipo MALE, ou seja, de média altitude e longo alcance. O aparelho está equipado com sensores ultramodernos para poder realizar operações de vigilância a uma velocidade de cruzeiro de 335km/h.
Com uma envergadura de 20 metros, tem uma autonomia de mais de 24 horas de voo. Pode carregar vários tipos de armas, como bombas guiadas por laser, ou por GPS, ou mísseis Hellfire. A tripulação em terra é composta por quatro pessoas.
Além dos Estados Unidos, vários exércitos europeus contam com drones Reaper, incluindo Reino Unido, Itália, França e Espanha.
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