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Labour Day Parade: “150 Anos Juntos”

labour day parade - milenio stadium
Créditos: Carmo Monteiro

 

A Parada do Dia do Trabalhador de Toronto retornou pela primeira vez desde 2019, com centenas de trabalhadores, dezenas de sindicatos, ativistas e políticos a mostrarem-se solidários com o movimento dos trabalhadores.

A Parada do Dia do Trabalhador saiu da Queen St. West, na interseção com a University Avenue, às 09h30 em ponto e seguiu a rota tradicional para oeste (ao longo da Queen) até à Dufferin St, depois virou para o sul e terminou no Canadian National Exhibition (CNE).

A baixa da cidade esteve preenchida com cantos, danças, bandas musicais e marchas, tambores e Dj’s para o retorno do desfile anual do Dia do Trabalhador que este ano teve como tema “150 Anos Juntos”.

A marcha, que já leva um século e meio, comemora o Dia do Trabalhador desde o início das suas lutas e conquistas laborais. Um movimento que quer continuar, como disse Jack De Oliveira, Business Manager da Liuna Local 183, o maior sindicato da União Internacional dos Trabalhadores da América do Norte: “Gostaria de parabenizar todos os trabalhadores e a comunidade em geral pelo Dia do Trabalhador. Muitas coisas mudaram durante os últimos 150 anos e continuarão a mudar. Eu acredito que se os trabalhadores continuarem unidos teremos grandes resultados. Os movimentos sindicais vieram para ficar, por isso, vamos continuar unidos e falar da importância dos sindicatos para os outros. Teremos que trabalhar juntos para um bem comum”.

Conversamos com outros líderes sindicais como Chris Campbell, vice-presidente do Carpenters District Council of Ontario e diretor da Equidade, Diversidade e Inclusão, assim como Fred Hahn, da CUPE Ontario.

“Estamos aqui porque é importante comemorar as conquistas dos que vieram antes de nós, é importante reconhecermos as lutas e tudo o que foi alcançado por eles. Viemos celebrar muitos aspetos da nossa família sindical, como por exemplo: a nossa voz nas decisões, a segurança no trabalho, carga horária, a equidade, diversidade e inclusão. A nossa celebração também é dar continuidade a isto tudo. Termino dizendo feliz Dia do Trabalhador”, disse Chris Campbell.

 

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Fred Hahn deixou também uma mensagem de felicitação: “Gostaria de começar por desejar um feliz Dia do Trabalhador a todos. Os desafios que os nossos avós e pais passaram, são quase os que nós estamos a passar, onde os ricos estão a tornar-se cada vez mais ricos e a classe trabalhadora é forçada a pagar esse preço. Por este motivo, temos muita gente a marchar no dia de hoje com a mesma solidariedade para reclamar melhores salários, benefícios e justiça para todos. A nossa luta tem que continuar”.

Nesta marcha histórica, marcou também presença Ana Bailão, vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto, que nos disse: “ Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos os trabalhadores da linha da frente que durante a pandemia nunca pararam, para que todos nós estivéssemos seguros aqui hoje. Quero realçar que as lutas até aqui conquistadas não foram em vão, é importante continuarmos estas lutas e defender os trabalhadores com salários justos e uma vida mais justa para a classe trabalhadora. Isto tem que estar presente nas nossas vidas todos os dias.”

Um dos pontos altos foi ver tantos funcionários mais jovens a entrar no mercado de trabalho em grande número e adotando uma abordagem de trabalho diferente das gerações mais velhas. Um deles, Gonçalo, disse ao jornal Milénio: “Eu vim porque é importante nos unirmos para nos apoiarmos uns aos outros. No sindicato, todos nós lutamos como uma família unida para conseguirmos melhores salários e benefícios hoje e todos os dias.”
Já Will Guimarães adiantou que “Estou aqui para dar o apoio necessário à nossa comunidade sindical número 27. Eu valorizo e quero continuar a valorizar esta família e mostrar que somos importantes. Aproveito para deixar um recado aos mais jovens para que continuemos a lutar para conquistar os nossos sonhos e ajudar a construir a nossa cidade e o nosso país para um futuro melhor para geração vindoura”.

O evento foi também aproveitado para servir de forma de protesto por grande parte das organizações laborais em que as palavras de ordem foram melhores salários, dias de doença pagos, benefícios laborais, diversidade e inclusão, entre outras frases que transparecem a realidade do mercado de trabalho dos dias de hoje.
Apesar de esta luta ser diária para muitos trabalhadores e sindicatos, o dia 5 de setembro continua a ser um data de destaque para defender a dignidade e o respeito em seus locais de trabalho, bem como uma vida equilibrada fora dele. E celebrar a força e o poder do trabalho.

Francisco Pegado/MS

 

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