Editorial

A Beleza aos olhos de quem a vê

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O editorial desta semana foca-se na beleza da mulher, mas sem esquecer a do homem.

Se nos amarmos incondicionalmente e aceitarmos as nossas falhas, a escuridão ou a alegria nas nossas vidas não são ambíguas. À medida que exploramos o conceito de beleza dos nossos corpos e o que projetamos para o mundo à nossa volta, a complexidade de definir a aceitação do que somos torna-se quase impossível. Porque nem todos são fiéis a si próprios e às suas afirmações, a mentira parece ser a salvação de eleição nas nossas pronúncias e apresentações diárias. Os nossos melhores amigos mentem-nos, e nós mentimos a nós próprios ao aceitar falsidades sobre a nossa aparência mental e física e, como seres humanos, somos ardilosos para enganar as nossas mentes sobre o que é felicidade ou tristeza. A alegria deve ser a constante que alivia os desafios mentais da autoaceitação, porque nos dá a sensação de permissão para controlar as nossas vidas. Parecemos pensar que os outros têm uma melhor perceção sobre nós, seja pelos comentários das pessoas que nos rodeiam ou pelas redes sociais. A sociedade bombardeia-nos com instruções para sermos mais felizes, mais aptos e mais ricos, daí a armadilha do perfecionismo. Porque é que nos tornámos tão insatisfeitos com o facto de sermos apenas nós próprios? Embora os homens sofram pressões sociais relacionadas com a armadilha da perfeição, as mulheres parecem sofrer muito mais danos para cumprir um conjunto de expectativas sociais relacionadas com a sua aparência geral. As pessoas podem propor que a “beleza está nos olhos de quem vê”, mas esta é uma armadilha, conveniente na realidade, que julga e questiona o que é uma mulher e como ela deve ser, particularmente nas sociedades ocidentais. À medida que o mundo rodopia e surgem mais questões sobre o género, está a ocorrer uma revolução sobre a atribuição e aceitação do transgenderismo, o que confunde ainda mais o conceito de ser mulher e a sua transformação física. Cada um de nós tem a sua própria realidade e a afirmação de si próprio é muitas vezes feita em frente ao espelho e a partir dos comentários dos outros. Quando um médico atribui um género à nascença, masculino ou feminino, com base nos órgãos genitais, não é uma garantia de que seja assim para o resto da vida do recém-nascido. Milhares de pessoas estão a questionar o género e criaram uma indústria dentro da profissão médica que está a desafiar a sociedade tal como a conhecemos e onde a verdade não é o objetivo final.

Recentemente, um documentário questionava “O que é uma mulher?” Nenhuma das pessoas a quem foi posta esta questão conseguiu responder à pergunta, incluindo as próprias mulheres. Já não se aplicam os conceitos antigos que exigiam que uma mulher fosse bonita e delicada, assim como a expectativa de um homem trabalhar para uma mulher. À medida que os homens e mulheres cortam, modificam, mutilam e removem partes dos seus corpos para melhorar algo em si mesmos, os danos psicológicos nunca desaparecerão, porque essas pessoas não sabem onde pertencem. A civilização atual deu a todos uma desculpa para serem diferentes em vez de sermos nós próprios, criando um caminho destrutivo calcado em expectativas irrealistas e uma subcultura de apologistas que questiona o género de cada um.

O mundo está propositadamente desconcertado ao questionar coisas que não precisam de necessariamente serem questionadas. Sim, eu gostaria que o meu corpo fosse diferente em alguns aspetos, mas aprender a viver com ele traz a confiança social de que as imperfeições fazem parte da vida. As pessoas precisam de aprender onde pertencem sem que lhes seja imposto perfecionismo. Sejamos a melhor versão de nós próprios e esse será o momento em que a vida pode finalmente começar.

Beauty in the eyes of the beholder

This week’s editorial is about beauty in women, without disregarding men.

If we love ourselves unconditionally and accept our flaws, the darkness or joy in our lives are not ambiguous. As we explore the concept of the beauty of our bodies and what we project to the world around us, the complexity of defining acceptance of who we are becomes nearly impossible. Because not everyone are true to themselves and their claims, lying appears to be the salvation of choice in our daily pronunciations and presentation. Our best friends lie to us, and we lie to ourselves by accepting falsities about our mental and physical appearance and as people we are tricksters to fool our minds about what is happiness or sadness. Joy should be the constant that relieves the mental challenges of self-acceptance because it gives us the feeling of allowance to control our lives.

We seem to think that others have a better perspective about us, be it from comments by those around us or social media. Society bombards us with instructions to be happier, fitter and richer, thus the perfectionist trap. Why have we become so dissatisfied with just being our ordinary selves? Although men suffer from societal pressures pertaining to the perfection trap, women appear to endure much more harm to comply to a set of societal expectations pertaining to their overall appearance. People may suggest that “beauty is in the eye of the beholder” but this is a convenient trap in the reality that judges and questions what a woman is and what she should look like, particularly in western societies. As the world turns and more questions arise regarding gendering, a revolution is occurring about the assignment and acceptance of transgenderism which further confuses the concept of being a woman and her physical transformation. Each of us have our own reality and our affirmation of ourselves is often in front of a mirror and from comments of others. When a doctor assigns a gender at birth being male or female based on genitalia, it’s not a guarantee that for the rest of the newborn life it will be that way. Thousands of people are questioning gender and have created an industry within the medical profession that is challenging society as we know it and where truth is not the ultimate pursuit.

A recent documentary asked the question “What is a woman?” None of the people asked were able to answer the question, including women. The old concept of a woman being expected to be pretty and delicate, and men being expected to work for the women no longer applies. As men and women cut, modify, mutilate, and remove parts of their bodies to enhance something in themselves, the psychological damage will never disappear, because these people don’t know where they belong. Today’s civilization has provided everyone with an excuse to be different instead of being ourselves, creating a destructive path of unrealistic expectations and a sub-culture of apologists that questions everyone’s gender.

The world is purposely confused by questioning things that don’t necessarily need to be questioned. Yes, I would like my body to have been different in some aspects, but learning to live with it brings the social confidence that imperfections are part of life. People need to learn where they belong without imposing perfectionism. Let’s be the best version of ourselves and that will be the moment that life can finally begin.

Manuel DaCosta/MS

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