Editorial

1867-2023 – Feliz Aniversário

happy-canada-day-two-brothers-with-large-canadian-2022-01-28-11-41-31-utc

 

Em termos comparativos, o Canadá é um país muito jovem. Ao celebrar 156 anos, no dia 1 de julho, assistimos a uma ocasião importante para refletir sobre o passado e o futuro desta nação.

Como cidadãos deste país, vamos celebrar a sua curta história, cultura e conquistas, mas acima de tudo, o que significa ser canadiano. Esta reflexão sobre o seu significado pode entrar em conflito com muitos aspetos da ligação pessoal ao país. Não devemos confundir o nosso amor pelo país com opiniões sobre a governação e as populações que habitam neste que é o segundo maior país do mundo.

A história desta nação tem sido pontuada por mudanças, com a chegada de pessoas de todas as partes do mundo, e a atual repartição étnica da população é a soma do que transformou esta nação numa sociedade diversificada e multicultural. O Canadá é um país acolhedor e inclusivo que valoriza a diversidade e oferece oportunidades a todos os que decidem abraçá-la. Se refletirmos sobre o que alcançámos como nação nos últimos 156 anos, podemos concluir que o trabalho árduo e a dedicação que foram devotos à construção de um país próspero devem deixar-nos a todos orgulhosos. Contudo, enquanto cidadãos, temos de refletir sobre o futuro desta grande terra, para que possamos continuar a celebrar nos próximos anos. Uma avaliação ponderada do nosso estatuto social e de bem-estar, que constituem os alicerces da construção prudente de um país, tem de ser mantida.

Os canadianos não podem continuar a aceitar políticas regressivas e uma governação medíocre que corroem as fundações deste país. Atualmente, o Canadá não está à altura de outros países progressivos no que se refere ao nível de vida social que os canadianos esperam. Num caminho perfilhado pela inclusão, os resultados debilitantes estão a diminuir a nossa capacidade de acompanhar os países que colocam o bem-estar social e a lei e a ordem no topo das agendas governamentais. Todos os níveis de governo estão a praticar políticas semidemocráticas baseadas no poder pessoal. Os políticos e os lobistas estão a criar desequilíbrios nocivos entre ricos e pobres que resultarão numa guerra, que está atualmente a ser travada nos principais centros urbanos do Canadá. Temos de continuar a construir um Canadá melhor, mas falharemos se a governação unilateral sobrecarregar este país com novos cidadãos que não podemos acomodar e proteger.

O Canadá só pode sobreviver como um lugar de inclusão e diversidade se todas as províncias, cidades e, em particular, o governo federal trabalharem em conjunto. Os atuais fracassos e frustrações não desaparecerão com o fogo de artifício e a hipérbole nacionalista que os políticos utilizarão nos seus oratórios do dia 1 de julho.
E falando de políticos e hipérboles, Toronto, a maior cidade do Canadá, acabou de eleger a sua nova presidente da Câmara Municipal. A vencedora foi Olivia Chow, a socialista que durante a maior parte da sua vida viveu subsidiada pelo governo, ameaça agora impor encargos financeiros adicionais aos cidadãos da cidade. Embora os cidadãos tenham compreendido a sua plataforma abstrata, escolheram-na na mesma.

A nossa preferência teria sido a Ana Bailão, que era a candidata mais competente, mas os resultados colocaram-na em segundo lugar num leque de 102 candidatos, que incluía ainda a presença da cadela “Molly”. Inclusive, a Molly obteve mais votos do que muitos dos candidatos.

O candidato que termina em segundo lugar é muitas vezes visto como o mais bem-sucedido entre os perdedores e pode ser uma experiência dececionante e frustrante. Devemos sentir-nos mal pela Ana. Ela trabalhou arduamente e mostrou a garra e a dedicação de que esta cidade precisa para ter um líder. Foi uma valiosa experiência de aprendizagem para a Ana e, esperamos, um trampolim para coisas maiores e melhores.
Parabéns, Ana. Para mim, ficaste em primeiro.

1867-2023 – Happy Birthday

By comparative numbers, Canada is a very young country. As it celebrates 156 years on July first, it’s an important occasion to reflect on the past and the future of this nation.

As citizens of this country, let’s celebrate its short history, culture, and achievements but most of all what it means to be Canadian. Reflecting on the meaning can conflict with many aspects of the personal attachment to the country. We should not confuse our love of the country with opinions about governance and the populations which inhabit the second largest country in the world. This nation’s history has been punctuated by change with the arrival of people from all over the world, and the current ethnical breakdown of the population is the sum of what has built this nation into a diverse and multicultural society. Canada is a welcoming and inclusive country that values diversity and provides opportunities for all that decide to embrace it. On reflection about what we have achieved as a nation in the last 156 years, we can conclude that the hard work and dedication that has gone into building a prosperous and thriving country should make us all proud. However, as citizens we have to contemplate with a reflective mind what the future of this great land will be so that we can continue to celebrate in future years. Thoughtful appraisal of our social and wellness status, which are bedrocks in the prudent building of a country, needs to be kept strong. Canadians cannot continue to accept regressive policies and mediocre governance which will erode this country’s foundations.

Currently Canada is not measuring up to other progressive countries in the social standard of life that Canadians expect. In an adopted path of inclusivity, crippling results are diminishing our capacity to keep up with countries which place social well-being and law and order atop of governmental agendas. All levels of governments are practicing semi-democratic policies based on personal power. Politicians and lobbyists are creating ruinous unbalances between rich and poor that will result in a war, which is currently being fought within the major urban centers of Canada. We have to continue to build a better Canada, but we will fail if unilateral governance overwhelms this country with new citizens we cannot accommodate and protect. Canada can only survive as a place of inclusion and diversity if bi-laterally all provinces, cities and particularly the federal government work together. The current failures and frustrations will not go away with the fireworks and nationalistic hyperbole which politicians will use on their oratories of July 1st.

Speaking of politicians and hyperbole, Toronto, which is the largest city in Canada, just completed a by-election to elect a new Mayor. The winner was Olivia Chow, a socialist which for the better part of her life lived subsidized by the government and now threatens to impose additional financial burdens on the citizens of the city. Although citizens understood her abstract platform, they still chose her.

Our preference had been Ana Bailão who was the most competent candidate, but the results put her in second place in a field of 102 candidates which included “Molly” the dog. Molly got more votes than many of the candidates.

The candidate who finishes second place is often viewed as the most successful among the losers and can be a disappointing and frustrating experience. We should feel bad for Ana. She worked hard and showed the grit and dedication that this city needs for a leader. It was a valuable learning experience for Ana and hopefully a steppingstone to bigger and better things.

Congratulations Ana. You were first in my books.
Manuel DaCosta/MS

Manuel DaCosta/MS

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Não perca também
Close
Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER