Proibição do aborto nos EUA gera críticas do governo liberal do Canadá

Depois do Supremo Tribunal ter acabado com o direito ao aborto nos EUA os políticos liberais do Canadá foram rápidos a sugerir que os canadianos não deveriam tomar as suas liberdades como garantidas.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros, Melanie Joly, recordou que nenhum país do mundo, incluindo o Canadá, é imune ao que se passa nos EUA. Avisos semelhantes vieram de outros ministros e deputados canadianos.
O próprio Primeiro-Ministro, Justin Trudeau, tem repetido que todas as mulheres têm direito a abortar no Canadá. A interrupção de uma gravidez é legal no Canadá desde 1988 quando o Supremo Tribunal decidiu que uma lei que criminalizava o aborto era inconstitucional. Atualmente o aborto enquadra-se nos sistemas de saúde de cada província e por isso varia.
A última vez que um governo tentou legislar sobre o aborto foi o governo maioritário PC de Brian Mulroney que em 1990 queria tornar o aborto crime.
As exceções permitidas seriam se um médico considerasse que a vida ou a saúde da mulher estava ameaçada, mas o projeto de lei acabou chumbado no Senado porque a votação ficou empatada.
Quando uma cópia da decisão do Supremo Tribunal dos EUA foi divulgada em maio, os jornalistas perguntaram a Trudeau se ele ia considerar criar legislação para consagrar o direito ao aborto.
Na altura Trudeau disse que queria evitar uma situação em que os direitos seriam revogados por futuros governos ou decisões judiciais.
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