Cerca de um em cada cinco crianças e jovens com menos de 18 anos viviam, no ano passado, em risco de pobreza ou exclusão social. Eram 339 mil menores, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Os números mostram, ainda, que 20,1% da população portuguesa encontrava-se em risco de pobreza. Trata-se de menos 2,3% face a 2021 e de cerca de dois milhões de pessoas naquela condição, colocando Portugal na 12.ª posição dos países europeus e abaixo da média da União Europeia.
Segundo o gabinete de estatísticas europeu, o risco de pobreza e exclusão social pesava mais sobre as mulheres: no ano passado: eram 20,7% estavam naquela condição, contra 19% dos homens.
Quanto às crianças e jovens abaixo dos 18 anos, são 339 mil em risco, com a taxa a diminuir dos 22,9% em 2021 para os 20,7% no ano passado. Esmiuçando por grupos etários, 23,4% das crianças entre os 11 e 15 anos estavam naquela condição, contra 17,6% dos menores abaixo dos seis anos.
Os dados apontam, ainda, que quanto maior for o nível de escolaridade dos pais, menor é o risco de pobreza e exclusão social. Vejamos os números: o risco é de 48,7% nos menores cujos pais frequentaram apenas o ensino primário ou não concluíram o ensino secundário. A taxa recua para 20,4% nos casos em que os progenitores terminaram o secundário e cai para 5,9% quando os pais frequentaram o ensino superior.
No que toca aos idosos, houve uma diminuição na taxa de risco de pobreza. Cerca de 17% das pessoas com mais de 65 anos estavam nessa condição no ano passado. São 417 mil pessoas, menos 3,1 pontos percentuais face a 2021.
Olhando para os dados globais na União Europeia, no ano passado, 95,3 milhões de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social. Estavam inseridas em agregados familiares com intensidade laboral muito reduzida, em risco de pobreza ou com uma privação severa material ou social. Trata-se de 21,6% da população, sendo que esta taxa se manteve praticamente inalterada face a 2021. Portugal encontrava-se com uma taxa de 20,1%, ou seja, inferior à média da União Europeia.
Entre os estados-membros com maiores taxas de risco constam a Roménia, a Bulgária, a Grécia e Espanha. Em contrapartida, os países com menor risco são a República Checa, a Eslovénia e a Polónia.
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