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Rui Rio quer resolver sucessão antes do verão

 

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O presidente demissionário do PSD, Rui Rio, agendou para 19 de fevereiro uma reunião do Conselho Nacional do partido que deverá definir a data das próximas eleições diretas. Rio não se recandidata e quer o processo concluído até ao início de julho.

“Está claro que eu não sou candidato a presidente do PSD nas próximas eleições diretas”, confirmou Rui Rio, depois de ter estado durante cinco horas reunido com a Comissão Política Nacional, esta quinta-feira de tarde. A reunião serviu para analisar o mau resultado eleitoral e definir os próximos passos para a escolha de um novo líder, depois de Rui Rio se ter demitido na noite das eleições, a 30 de janeiro.

Entre esses passos está a convocação do Conselho Nacional do próximo dia 19, em Barcelos, e é este órgão que “deverá marcar as próximas diretas”, relevou Rui Rio. A escolha de Barcelos é um prémio pela conquista da Câmara Municipal nas eleições autárquicas: “A seguir a Lisboa foi a maior vitória que tivemos”.

Embora Rio não se queira intrometer na decisão que o Conselho Nacional vier a tomar, o líder admitiu que as eleições diretas “deveriam estar resolvidas durante o primeiro semestre deste ano, o mais tardar no início de julho que é quando as pessoas vão de férias”.

Ao contrário da noite eleitoral, o presidente do partido esclareceu que não vê “utilidade” nem um “objetivo a prosseguir” que justifique a sua manutenção na liderança do PSD. Rui Rio, recorde-se, tem mandato até ao fim de 2023: “Se eu fosse outra vez candidato a primeiro-ministro, se eu admitisse isso, podia fazer esse caminho de quase cinco anos, mas assim não”. Ou seja, para além de não se candidatar às próximas diretas, Rio deixou claro que não vai ser o candidato a primeiro-ministro nas eleições de 2026.

O que falhou nas eleições

Na reunião, para além de ter confirmado a demissão do partido e a decisão de agendar uma reunião do Conselho Nacional, Rui Rio ouviu da Comissão Política os motivos para a derrota eleitoral. O motivo “decisivo”, afirmou, foi o sucesso do voto útil à Esquerda, em que o PS conseguiu captar “o eleitorado do BE, PCP e PAN”.

A Comissão Política destacou ainda que o PSD “conseguiu crescer ao Centro”, mas registou “uma quebra pela Direita” que favoreceu o Chega e a Iniciativa Liberal. Por fim, acrescentou Rui Rio, a maioria absoluta do PS resultou de “promessas que fez antes das eleições” e das “mentiras que foram contadas sobre o que eram as propostas do PSD”.

Nas respostas aos jornalistas, Rui Rio revelou que nenhum militante com eventuais intenções de se candidatar à liderança do PSD lhe pediu para adiar ou antecipar o processo das diretas, salvaguardando já que não vai condicionar o processo: “Não vou interferir, como deve imaginar, em nada daquilo que vão ser as próximas eleições e os candidatos”.

JN/MS

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