Com sua licença, hoje vou ser poética
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Gostaria de fazer uma pausa nos textos cheios de reflexão que normalmente escrevo por aqui, para apresentar esses pensamentos através de poesia que fiz a respeito de como a vida é tão forte e emerge com vontade imensa e estamos todos conectados nesse mundo através dela. Mas ao mesmo tempo que o poder da vida é forte, ela tem durabilidade e por isso, precisamos aproveitar esse tempo que nos resta, fazendo valer quem somos.
A poesia se chama “Vida viva”.
Quando olho cada quadrado desses de luz, eu penso:
dentro de cada caixote de cimento, existe uma vida
que sente, que sofre, que mente, que ama…
Mas é vida vivida ou vida morrida?
E penso em seguida,
na formiga abaixo da terra,
guardando pedaços de mato,
de pedra, de grão… vida viva!
E matuto sobre o vírus,
que penetra no corpo e
encontra um jeito de se multiplicar
no corpo com vida… vida viva!
E sinto conexão,
com tudo e com todos
nem melhor, nem pior
quem é mais ou menos
unidade.
Vida essa que um dia se vai
e será esquecida pelos que chegam e chegarão.
Adianta não ser aquilo que é?
Adianta morrer para ver o outro sorrir?
Adianta pouca intensidade por medo de tudo?
A vida tem de ser viva,
não vale matar a existência em nome de nada.
Não perca tempo com o raso
não perca tempo com o medo
Um “viva” a vida vivida!
Adriana Maqrues/MS
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