TV & Cinema

Guionista americana acusa ator Nuno Lopes de a “drogar e violar”

 

A.M Lukas, guionista americana, acusa Nuno Lopes de a “drogar e violar”, em 2006, no Festival de Tribeca. Perante a divulgação da queixa, o ator português nega todas as acusações: “Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os atos de que me acusam”.

A guionista, atriz e realizadora Anna Martemucci, conhecida como A.M Lukas, processou o ator português Nuno Lopes, esta segunda-feira, 20 de novembro, acusando-o de a “drogar e violar” a 28 de abril de 2006, após um evento que terá tido lugar no quadro do festival de cinema norte-americano Tribeca.

Uma ação judicial interposta no tribunal de Nova Iorque, e na qual Martemucci alega que, recém-saída da faculdade, estava a participar na festa de estreia de uma amiga quando conheceu Nuno Lopes, ator que atualmente integra a série da Netflix White Lines, e que este lhe terá posteriormente alterado a bebida, que o corpo foi ficando estranhamente pesado e que ficou inconsciente, tendo sido levada para o apartamento dele. Na acusação, A.M Lukas refere que se recorda de acordar, de ter sido violada e de o ator ter chamado um táxi.

Em comunicado, o ator nega todas as acusações e revela que lhe foi proposto um acordo confidencial. “Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os atos de que me acusam. Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos”, afirma.

 

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A.M Lukas detalha na acusação o alegado abuso. Reportando-se às “poucas e horríveis recordações fragmentadas dessa noite e das primeiras horas da manhã”, A.M. Lukas relatou lembrar-se de Nuno Lopes lhe “segurar as pernas moles” e de a violar, detalhando as várias formas como o fez, enquanto ela entrava e saía de estados de consciência.

No processo, a guionista e realizadora assevera que não consentiu a relação sexual com Nuno Lopes e que, no dia seguinte, foi ao hospital fazer perícias para alegada violação e que apresentou queixa na polícia. A. M. Lukas revela que teve de tomar medicação anti-HIV e que lhe foi posteriormente diagnosticado stress pós-traumático e episódios de pensamentos suicidas, “tudo decorrente da violação de Mr. Lopes”, lê-se na acusação.

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Guionista A. M. Lukas
Dia Dipasupil / Getty Images / AFP

A.M. Lukas afirma ter contactado Nuno Lopes a 1 de maio de 2006 e ter pedido para se encontrarem pessoalmente para que a ajudasse a lembrar-se do que se passou e para que ela se sentisse melhor e que ele se pudesse explicar.

Encontraram-se num café no centro da cidade, no qual ela alegadamente lhe disse que acreditava ter sido drogada. “As pessoas fazem isso aqui na América? Eu nunca ouvi falar disso”, terá respondido, segundo a acusação, Nuno Lopes. O ator português ter-lhe-á descrito toda a noite e diz que ela lhe terá pedido para ter relações sexuais.

A realizadora e guionista, que alega que a presença de Nuno Lopes na série da Netflix funcionou como gatilho para recordar este eveno traumático, vem agora requerer ao tribunal que aplique uma indemnização por danos patrimoniais e morais, incluindo a “compensação por danos físicos e psicológicos causados”, “juros antecipados e pós-julgamento sobre todos os valores devidos” e outras custas que o tribunal considere adequadas.

A queixa, apresentada 17 anos depois, dá entrada no tribunal a quatro dias do fim do enquadramento legislativo especial de um ano de duração, intitulado The Adult Survivors Act [Lei dos Sobreviventes Adultos, em tradução literal] e que permite às vítimas de alegados crimes sexuais, cujo prazo de apresentação de queixa já expirou, submeterem queixa em tribunal. Este quadro jurídico especial entrou em vigor a 24 de novembro de 2022 e termina a 24 de novembro deste ano.

JN/MS

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