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A história da árvore de Natal

A utilização de uma árvore, como forma de celebração remonta às festividades de inverno pagãs. As civilizações antigas, que habitavam na europa e na ásia durante o terceiro milénio antes de Cristo, já consideravam as árvores como símbolos da divindade.Os povos pagãos, utilizavam ramos para decorar as suas casas durante o solstício de inverno. Esta prática relacionava-se com a esperança no regresso da primavera. Os romanos usavam árvores para enfeitar os seus templos durante o festival da Saturnália, que se organizava em honra ao deus Saturno, para celebrar o fim do anos agrário e religioso, e o velho. Não se sabe ao certo quando o pinheiro começou a ser utilizado nas celebrações natalícias, mas é muito provável, que tenha sido há 1000 anos, no norte da europa.
Mas não foi pacífica a introdução da árvore nas comemoraçõs natalícias, uma vez que durante muitos séculos o corte de árvores no Natal foi proibido, por estar associado a costumes não cristãos.
Há quem considere que a primeira árvore de Natal foi decorada em Riga, na Letónia em 1510. Outra versão indica que ela teve origem na Alemanha sendo atribuida a Martinho Lutero (1483 – 1546), que foi o autor da Reforma Protestante do séc. XVI. Ao que se conta, Lutero por volta de 1530, numa noite estrelada, olhou para o céu através de uns pinheiros. O céu estava muito belo, parecendo-lhe um colar de diamantes. Lutero decidiu arrancar um galho deste pinheiro e levou-o para casa, colocando-o num vaso com terra. Chamou a família, e decorou-o com pequenas velas acesas, que colocou nas pontas dos ramos. Decorou-o ainda com papéis e enfeites coloridos, para imitar a cor e a beleza que vira lá fora. Assim, diz a lenda, nasceu a árvore de Natal. Esta tradição foi depois levada para os EUA, por imigrantes alemães.
Em Portugal e até aos principios do século XIX, a tradição do Natal, baseava-se no presépio e no Menino Jesus. A árvore de Natal, chega a Portugal pelas mãos de um alemão, Ferdinand von August, que viria a ser o rei D. Fernando II de Portugal, ao casar em 1836, com a rainha D. Maria II, de Portugal. Conhecido como o rei-artista. D. Fernando, além de se dedicar à pintura e à música, reconstruiu vários monumentos históricos em Portugal, entre eles o palácio da Pena, em Sintra. Muito saudoso das tradições da sua infância, D. Fernando decidiu fazer no palácio da Pena uma árvore de Natal, em pinheiro, para os seus sete filhos, decorando-o na tradição germânica com velas, bolas e frutos. Neste Natal, distribuiu presentes aos seus filhos, vestido de São Nicolau. D. Fernado II fez mesmo várias gravuras, que retratam o seu Natal em família, uma delas que reproduzimos aqui neste artigo do Milénio, onde se pode ver um dos príncipes a espreitar por detrás de uma cortina. Um outro, sentado numa cadeira, rindo, com as pernas no ar. Há um que parece tapar os olhos, esperando uma surpresa. A gravura mostra ainda duas princesas, a espreitar para dentro de um dos sacos. Ao fundo, sobre a mesa, uma árvore de Natal enfeitada. Quanto aos presentes, e noutras gravuras do rei, estão retratados um cavalinho na mão de uma das crianças, bonecos, um tambor, um estábulo com animais, e um soldado de chumbo montado num cavalo.
Neste Natal, convidamos as famílias portuguesas a visitarem o presépio e a árvore de Natal tradicionais, que estarão expostas ao público a partir do dia 17 de Dezembro.

By Humberta Maria Araujo

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