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Os jovens do nosso tempo

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Bom dia e bom fim de semana.
O mês a passar de mansinho. O tempo a arrefecer e em que estado está a sua alma?

Esse seria um tema dentro deste tema, mas em foco realmente esta semana está a saúde mental dos jovens do “nosso tempo”.

Recordo-me em criança de ter passado por uma infância tranquila. De ter brincado na rua, de sujar a roupa a fazer peripécias, de ouvir os “ralhos” ainda que meigos da minha mãe. Ai… que saudades desse tempo. Era tão feliz e nem sabia. Não tinha preocupações com nada. A vida parecia simples, embora com limitações que, na altura, eram insignificantes.

Não tínhamos jogos eletrónicos, telemóveis? Lol . Nem pensar. Tínhamos a responsabilidade de estudar. E, sobretudo, respeitar quem cuidava de nós. Mas pronto já lá vai o tempo dessa vida menos “complicada”.
Entra o século 21 e adotaram-se novas “modas” de educar os nossos filhos, mas de tanto os protegermos acabamos por os “estragar”, como se diz na boa gíria.

Não se deixa que as crianças sejam crianças. De tanto os tentarmos proteger desta sociedade doentia, na qual nós mesmo somos fatores ativos, acabamos por estragar tudo.

As crianças não têm motivação e porquê? Fácil acesso a tudo. Computadores. Jogos disto e daquilo… ah e de 3 D, porque a nossa dimensão atual é tediosa, é aborrecida para a parte da sociedade mais jovem, que está sempre em busca de algo mais e mais. Insaciável. E nós? O que fazemos? Damos o possível e o impossível para os satisfazer. Desde tenra idade. Temos culpa todos nós enquanto pais e educadores, de contribuir para esta sociedade doente e frágil.

Que temos em mãos? Doenças mentais. Depressões, péssimo rendimento escolar, porque há um grande vazio nas mentes. E os pais (pelo menos, muitos…) não sabem apoiar, porque não sabem lidar com o desconhecido.
Tiramos-lhes o mundo tecnológico e as nossas gerações mais novas ficam apáticas. E o que é que a pandemia trouxe?

Nada de bom, nem positivo. Doenças mentais sem precedentes; o afastamento de amigos e familiares; queda brusca no desempenho escolar; irritabilidade e agressividade sem causa aparente; falta de motivação pela vida ou desinteresse pelo futuro… estes são alguns fatores a reparar na camada mais jovem. Como tratar? Pois aí mora o problema. Olho vivo. Conversar e tentar perceber o que realmente se está a passar, não optar por ignorar por ser o caminho mais fácil. Cada vez mais os nossos jovens se tornam frágeis e dependentes de muitos vícios, principalmente do vício de “viver” numa sociedade toda ela carente e sem saber lidar consigo própria.
É o que é e vale o que vale.

Até já,
Cristina

Cristina DaCosta/MS

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