Temas de Capa

Mentes em guerra

 

O mesmo acontecimento com dois olhares tão distintos – de um lado temos os palestinianos que se sentem oprimidos e territorialmente “roubados”, do outro a potência Israel que tem conseguido ao longo dos tempos conquistar mais terra, mas deixa que lhe seja roubada a paz. Quando tudo parece mais calmo, lá vêm mais umas quantas páginas sangrentas para se escrever a história deste conflito.
Israel vivia tempos de instabilidade política com Benjamim Netanyahu a perder popularidade a olhos vistos e sem conseguir unir o país.

O Hamas, apelidado por muitos como um grupo terrorista, que domina a Faixa de Gaza, desenvolveu um plano e atacou Israel. De repente, Israel sentiu necessidade absoluta de se unir para fazer face ao horrendo ataque e a sua imensa força bélica rapidamente se começou a fazer sentir, com bombardeamentos sucessivos em Gaza e noutras cidades dominadas pelo Hamas. O jogo político no Médio Oriente começou a agitar-se, com os que defendem a causa muçulmana (mais do que a causa palestiniana) a unirem-se em declarações mais ou menos ameaçadoras. Tentando perceber de que lado está a razão vamos aqui apresentar-vos algumas opiniões – por parte de palestinianos e israelitas/judeus – sobre tudo o que se está a passar.

Madalena Balça/MS

 

MustafaBarghouti - milenio stadium

“As atrocidades são indescritíveis. Estamos agora sujeitos, como palestinianos, não só em Gaza, mas também na Cisjordânia, a horríveis crimes de guerra. Limpeza étnica. Atos de punição coletiva contra a população de Gaza. Onde os civis estão a morrer porque não têm água, não têm eletricidade, não têm comida, não têm medicamentos. E um ato de genocídio. A cada cinco minutos é morto um palestiniano em Gaza. De 15 em 15 minutos, uma criança palestiniana é morta em Gaza, e isto continua”.
Dr. Mustafa Barghouti – Médico palestiniano

 

 

Isaac Herzog – Presidente de Israel - milenio stadium

“Nunca tantos judeus foram mortos num único dia desde o Holocausto. O Hamas importou, adotou e imitou o selvagismo do Estado Islâmico. Entrar em casas de civis num dia santo e assassinar famílias inteiras a sangue-frio. Jovens e velhos. Violando e queimando corpos. Golpear e torturar as suas vítimas inocentes”.
Isaac Herzog – Presidente de Israel

 

 

portrait-of-woman-blur - milenio stadiumportrait-of-woman-blur - milenio stadium

“Estamos confinados por Israel, até os nossos telefones foram bloqueados. Escuto os aviões a sobrevoarem a Cisjordânia armados com bombas rumo a Gaza e sinto indignação e revolta. São sentimentos que só favorecem o Hamas”.
H.F. – brasileira a residir na Cisjordânia

 

 

Avishai Infeld - coordenador - milenio stadium

“Os estudantes judeus têm literalmente medo de sair dos seus dormitórios, dos seus apartamentos, das suas casas, para irem a eventos em que a comunidade se junta para chorar e ser solidária, como vigílias e jantares de Shabbat. Os estudantes palestinianos estão na verdade, a celebrar a violência contra os judeus, contra os familiares dos estudantes judeus das nossas universidades. Todos os judeus do mundo têm algum tipo de ligação com as pessoas afetadas por esta situação. É necessária uma condenação clara do terrorismo, o distanciamento dos grupos que expressam apoio à violência e garantias significativas de um ambiente académico seguro para os estudantes judeus”.
Avishai Infeld – coordenador de defesa da organização estudantil judaica Hillel Montreal

 

 

“É importante enfatizar que o trabalho de expulsão de terroristas nos arredores (da Faixa de Gaza) não terminou. Ainda é uma zona de guerra”.
Daniel Hagari – porta-voz do exército israelita

 

 

“Estão a tratar de mim, a dar-me medicamentos, está tudo bem. Só peço que me levem para casa o mais depressa possível, para junto dos meus pais e dos meus irmãos. Tirem-me daqui o mais depressa possível. Por favor”.
Mia Shem – franco-israelense feita refém pelo Hamas

 

 

Opomo-nos à reação negativa que tiveram as nossas publicações nas redes sociais afirmando que o regime israelita é “totalmente responsável” pela violência em curso, como “uma consequência de décadas de opressão” do povo palestiniano. Rejeitamos as alegações da administração da Universidade McGill de que as nossas publicações nas redes sociais celebram atos recentes de terror e violência. Não estamos a celebrar a violência, estamos a olhar para a perspetiva de libertação”.
Solidarity for Palestinian Human Rights McGill

 

 

Ismail_Haniyeh_(cropped) - milenio stadium

“Estamos à beira de uma grande vitória”
Ismail Haniyeh – Líder do Hamas

 

 

“Estão a destruir casas sobre as cabeças de quem lá vive, enquanto dormem, sem qualquer aviso ou razão, com o objetivo de nos deslocarem, destruírem e para nos arrancarem desta terra. No entanto, nós recusamo-nos a ser arrancados, temos raízes firmes nesta terra”.
Saber Abu Hilal – habitante de Gaza

 

 

Palestine House Toronto

“A guerra criminosa contra o nosso povo é longa, e isso requer a preparação de manifestações no Canadá”.
Palestine House Toronto

 

 

“A intenção daqueles com os quais Israel luta é sempre destruir o país”
Luis Filipe Pondé – Brasileiro-palestiniano

 

 

“A internet praticamente desativada em Gaza para evitar que o mundo saiba o que está a acontecer aos palestinianos”
Leila Farsakh – analista palestiniana

 

 

Hamas - milenio stadium

“Apelamos ao nosso povo palestiniano, ao nosso povo árabe e islâmico e aos povos livres do mundo para se manifestarem amanhã, sexta-feira, pelo regresso e para rejeitarem a deslocação”
Mensagem publicada pelo Hamas na plataforma Telegram

 

 

Benjamim Netanyahu – Primeiro-ministro de Israel - milenio stadium

“Estamos em guerra e vamos vencê-la”
Benjamim Netanyahu – Primeiro-ministro de Israel

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER