Saúde & Bem-estar

Será bom comer um abacate por dia?

ingestão diária desta fruta revelou ter um impacto importante na saúde cardiovascular. Foto: Envato

O consumo desta fruta tem aumentado exponencialmente nos últimos anos devido ao seu sabor inconfundível e aos benefícios para a saúde associados.

Na hora de selecionar alimentos de alto valor nutricional que possam ser incluídos regularmente na dieta alimentar, é possível que nem todos tenham pensado diretamente no abacate como uma das principais opções. E, além das inúmeras propriedades, sempre teve fama de ser muito calórico, pelo menos quando comparado a outras variedades de frutas ou vegetais.

Porém, as aparências enganam e, apesar do seu teor de gordura e aporte energético, a ciência tem demonstrado que absolutamente nada acontece em relação ao peso corporal se o seu consumo se tornar recorrente.

Na verdade, de acordo com um estudo publicado no Journal of the American Heart Association, comer um abacate por dia durante seis meses não teve efeito sobre a gordura abdominal, a gordura do fígado ou a circunferência da cintura em pessoas com sobrepeso ou obesas.

Além disso, a ingestão diária desta fruta revelou ter um impacto importante na saúde cardiovascular. “A adição de um abacate por dia neste estudo não gerou ganho de peso e causou uma ligeira diminuição no colesterol LDL, que são descobertas importantes para uma saúde melhor”, explica Penny Kris-Etherton, professora da Universidade da Pensilvânia ( EUA), o que também confirma que aqueles que comiam abacate diariamente tinham geralmente uma alimentação melhor.

Algo bastante relevante se tivermos em conta que este aspeto está associado a um menor risco de sofrer de diversas doenças, nomeadamente doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns tipos de cancro. Portanto, comer um abacate por dia não só é positivo porque não tem impacto no peso corporal nem na gordura abdominal e reduz o colesterol total e o colesterol LDL, mas também porque nos ajuda a tomar melhores decisões.

E em pesquisas anteriores, o abacate demonstrou ser um alimento saciante, por isso não é surpreendente que o seu consumo ajude a controlar o apetite. Um aspeto que pode ser relevante caso a alimentação não seja tão equilibrada como deveria.

 

Ideal a partir de certas idades

 

Algumas das propriedades e benefícios do abacate adaptam-se como uma luva às necessidades das pessoas à medida que envelhecem. Por exemplo, o abacate é muito rico em fibras que melhoram a saúde intestinal – atua como prebiótico – e além disso, o seu teor de ácidos graxos poliinsaturados, mesmo em maior proporção que o azeite, confere-lhe grande poder antiinflamatório. Sem contar que sua principal gordura é o ácido oleico, associado a uma melhoria da saúde cardiovascular.

O abacate é muito rico em micronutrientes como magnésio, potássio e cálcio, todos minerais que promovem uma melhor saúde dos músculos e ossos, e também possui alto teor de luteína, um pigmento da família dos carotenóides com propriedades anti-inflamatórias e que demonstrou ser eficaz contra a deterioração cognitiva.

Em suma, existem argumentos e evidências científicas suficientes para consumir abacate com frequência. Talvez todos os dias seja excessivo, principalmente por razões económicas, mas comer um pouco regularmente parece ser uma ótima estratégia para garantir a saúde em qualquer idade, especialmente depois dos 50.

HWM/MS

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