Vítimas de tráfico de pessoas trabalharam na Jornada Mundial da Juventude
Uma empresa que prestou serviços na Jornada Mundial da Juventude tinha ao seu serviço quatro vítimas de tráfico de seres humanos. O caso foi reportado à equipa da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAPV) que trabalhou no evento realizado em Lisboa, em agosto. A Polícia Judiciária investiga.
Num relatório de balanço da atividade desenvolvida no acontecimento religioso, publicado nesta segunda-feira, a APAV revela que “foram registadas quatro situações de suspeita de tráfico de pessoas, alegadamente praticado por empresas subconcessionadas de outras que foram contratadas para operar na JMJ”. O JN apurou, entretanto, que as alegadas vítimas estavam a trabalhar nos recintos onde decorreram as cerimónias religiosas e que o caso só foi denunciado à APAV já após o fim das festividades.
Casos de importunação sexual e coação denunciados
Durante a JMJ, duas pessoas também recorreram à APAV para denunciar situações de coação e assédio. “Nenhum dos casos foram de natureza sexual e, tal como em todas as denúncias, as vítimas eram maiores de idade”, frisa Carla Ferreira.
Recorde-se que, pela primeira vez em eventos de grande dimensão, a APAV estabeleceu um protocolo com a Fundação JMJ, que lhe permitiu atuar em várias dimensões. A APAV criou, por exemplo, um microsite em cinco línguas e linhas de apoios telefónico e por email. Criou ainda uma equipa móvel que percorreu as cidades de Lisboa, Santarém e Setúbal.
Redes Sociais - Comentários