Portugal

Portugal gasta menos 1700 euros por aluno do que a média da OCDE

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No primeiro ano de pandemia, despesa total por estudante caiu 2,7%. Diferença é maior ao nível do ensino superior.

Portugal continua a investir menos em Educação do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). E, no primeiro ano de pandemia, o total da despesa, em contraciclo, caiu quase 3%. De acordo com o mais recente estudo “Education at a Glance 2023”, nesta terça-feira divulgado, a despesa por aluno em Portugal, analisando todos os níveis de ensino, fixou-se, em 2020, nos 10.105 euros (10.816 dólares, em Paridade do Poder de Compra do PIB), menos 14% do que a média da OCDE, o que corresponde a menos 1710 euros.

Se feita a análise por peso no Produto Interno Bruto (PIB), Portugal está em linha com os países da OCDE, destinando 5,1% da riqueza nacional para o setor da Educação. A observação é, aliás, sublinhada pela própria OCDE no seu relatório. “A despesa de Portugal por aluno na maioria dos níveis de ensino e o seu PIB per capita estão abaixo da média da OCDE, mas gasta uma parcela maior do seu PIB per capita em Educação do que a média da OCDE”.
Analisando por níveis de ensino, o Superior continua a ser o mais desfalcado, com uma despesa por aluno, em 2020, de 11.308 euros (12.104 USD, tendo por base o conversor do Banco de Portugal). São menos 5.600 euros face à média da OCDE. Pior, só a Grécia, Colômbia, México, Turquia, Chile e Hungria. “Comparando com a média da OCDE, as despesas por estudante em Portugal são muito baixas no nível superior do que nos níveis primário, secundário e pós-secundário não superior”, lê-se no referido documento.
E, em contraciclo com a média dos países da OCDE (+0.4%), Portugal cortou na despesa em Educação em 2020, no primeiro ano de pandemia, marcado, no ensino, pelo fecho de escolas e aulas à distância. De acordo com os dados agora conhecidos, face a 2019 a despesa por estudante caiu 2,7%, tendo o total da despesa registado um decréscimo de 3,2%. E se, até ao Secundário, o número de alunos recuou 1,9% e a despesa por aluno caiu 2,7%, no Ensino Superior para um acréscimo de 4,4% no número de estudantes a despesa por estudante desceu 3,2%.

Mais jovens com formação superior

Analisando as qualificações dos jovens adultos portugueses (25-34 anos), destaca a OCDE o crescimento “substancial”, com 44% daquela faixa etária com formação superior, que compara com 33% em 2015. Período em que se reduziu em 16 pontos percentuais, para 17%, a percentagem daqueles jovens adultos sem o Secundário concluído. “Resultado” obtido, lê-se no relatório, graças aos diplomados das vias profissionalizantes (de 14%, em 2015, para 20%, em 2020).

No que à taxa de conclusão de estudos concerne, os dados mostram que, em média, entre os países participantes do estudo, 77% dos estudantes concluem com êxito os estudos no Secundário dentro da duração teórica do programa, valor que cai para os 63% em Portugal. Sendo maior nas raparigas (67%) do que nos rapazes (57%). Contudo, nota a OCDE, aquela proporção sobe, no nosso país, para os 86% se corridos mais dois anos, face a uma média de 87%.

Por outro lado, Portugal compara melhor no que aos jovens NEET – não estudam, não trabalham, nem frequentam qualquer formação – diz respeito. Com 11,4% dos jovens (18-24 anos) naquela condição, face a uma média dos 38 países que integram a OCDE de 14,7%.

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