Portugal

Governo pede ao Banco de Portugal um multibanco por cada freguesia

Multibanco serve várias freguesias
Oliveira de Azeméis, 14/09/2022 – Reportagem na freguesia de Pinheiro da Bemposta em Azeméis que perdeu a única agência bancária e tem um Multibanco que serve várias freguesias.
(Tony Dias/Global Imagens)

 

A rede multibanco continua a deixar de fora parte do território e há autarcas que, mesmo quando aceitam pagar rendas mensais, não conseguem que os bancos disponibilizem este serviço. O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, vai defender, em negociação com o Banco de Portugal (BdP), pelo menos uma caixa por freguesia.

O assunto é discutido esta semana entre o Governo e o BdP, na sequência dos apelos dos autarcas de freguesia que continuam a exigir o alargamento da rede às suas populações, até como forma de compensar o fecho de agências bancárias.

“Trata-se de bom senso garantir que cada uma das 3091 freguesias tenha, pelo menos, uma caixa automática”, escreveu recentemente o governante, num artigo de opinião publicado no Expresso. A seu ver, há “uma gritante falta de coesão nacional no acesso aos tais “serviços mínimos bancários”, não por falta de máquinas, mas tão só por falta de vontade, consciência cívica e territorial das entidades bancárias”.E criticou a “inércia do BdP, a quem cabe assegurar que toda a população tem acesso à movimentação da conta através de caixas automáticas”.

Há freguesias que pagam centenas de euros por mês aos bancos nacionais.

O Instituto Nacional de Estatística contabilizou, em 2021, 12 486 caixas multibanco. Segundo o portal do BdP, “do total de 3 091 freguesias, quase 50% tinham um ponto de acesso ou ficavam a uma distância máxima de um quilómetro”.

Impasse em Gondomar

Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, já discutiu este assunto na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), onde é membro do Conselho Diretivo. Defende que “o Governo deve intervir porque há territórios que não têm multibanco”.

Na Lomba, freguesia separada das restantes de Gondomar pelo rio Douro, conseguiu que fosse colocada uma caixa multibanco, no início do mandato. Mas o banco exige agora 250 euros mensais para manter o serviço. O autarca socialista recorda que, em 2007, quando era presidente da Junta de Rio Tinto, eram os bancos a pagar 200 euros.

O dirigente da ANMP refere ainda que não podem ser as câmaras nem as juntas a pagar este “serviço público” e que todas as freguesias deveriam estar cobertas.

 

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