Reino Unido: Liz Truss demite-se

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, renunciou ao cargo, esta quinta-feira. É a líder com a carreira mais curta em Downing Street.
Com apenas 44 dias de governação, Liz Truss foi alvo de duras críticas, tanto no Reino Unido, como fora do país, e apresentou a sua demissão ao Rei Carlos III.
Numa declaração à porta da residência oficial de Downing Street, em Londres, adiantou que um sucessor será encontrado até ao fim da próxima semana.
“Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar de que me demito como líder do Partido Conservador”, disse.
Truss mantém-se em funções como primeira-ministra até ser escolhido um sucessor na liderança do Partido, que será indigitado pelo Rei, pois os Conservadores mantêm uma maioria absoluta no Parlamento.
A demissão de Kwasi Kwarteng, antigo ministro das Finanças, substituído por Jeremy Hunt, na sexta-feira, e o recuo no mini-orçamento, realizado em conjunto com Kwarteng, criaram uma onda de contestação, que levou vários deputados conservadores a exigirem a sua saída.
Ontem, o antigo ministro dos Transportes Grant Shapps foi nomeado ministro do Interior, em substituição de Suella Braverman, que se demitiu depois de ter cometido uma “violação técnica” das regras de segurança. A renúncia ao cargo foi feita com críticas a Truss, deixando antever que o Reino Unido se iria deparar com um novo impasse governativo.
Truss, de 47 anos, foi declarada líder dos “tories” a 5 de setembro com 57% dos votos, derrotando Rishi Sunak na eleição interna para substituir Boris Johnson, que se prolongou por oito semanas.
Porém, foi vítima de uma crise política e económica que causada pela turbulência nos mercados financeiros registada após a apresentação de um “mini-orçamento” em 23 de setembro.
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