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Europa vai apoiar a Moldova em mais de 800 milhões de euros para aliviar efeitos da guerra

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A Moldova vai receber mais de 800 milhões de euros de diversas instituições internacionais e países europeus, para ajudar a ex-república soviética a mitigar os efeitos da invasão russa da Ucrânia na sua economia.

A Plataforma de Apoio à Moldova, lançada em abril de 2022 na Alemanha, realizou a quarta reunião em Chisinau, esta terça-feira, com a participação de 57 representantes de mais de 30 países e organizações internacionais, incluindo os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França, Suíça e Luxemburgo.

O primeiro-ministro da Moldova, Dorin Recean, sublinhou que o percurso da república, que recebeu o estatuto de candidata à entrada na União Europeia (UE) no ano passado, “tem sido marcado por desafios que testam a sua resiliência”.
Recean explicou que “a contínua agressão da Rússia contra a Ucrânia deixou uma marca duradoura” na Moldova e que as repercussões são profundas e de longo alcance.

Em 2022, lembrou, a economia moldava contraiu 6,5%, seguida de outra queda de 2,2% até agora em 2023.

O país ainda enfrenta uma inflação elevada de 10% e um défice de financiamento de até 100 milhões de euros este ano e 400 milhões de euros em 2024, lamentou.
“A nossa economia foi severamente afetada pela guerra, com a perda de mercados, a perturbação das cadeias de abastecimento e o aumento dos custos de transporte e logística, o que aumentou a carga sobre as nossas empresas”, frisou Recean, apontando também a crise dos refugiados, já que a Moldova acolheu quase 800 mil ucranianos no início da guerra em 2022, dos quais cerca de 100 mil ainda permanecem no país.
A presidente da Moldova, Maia Sandu, destacou, no encerramento da reunião que, apesar de todos os desafios, a resiliência do país está a aumentar.
A ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, lembrou também que a Rússia continua a bombardear infraestruturas na Ucrânia, o que ameaça a segurança energética da Moldova, cujas infraestruturas estão fortemente interligadas com as do país vizinho.
Consciente da necessidade de ajuda da ex-república soviética, Colonna anunciou uma ajuda de 300 milhões de euros para projetos sociais, além de 200 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento nos próximos três anos para energia e infraestruturas da Moldova.

A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, divulgou que o seu país apoiará a Moldova com 95 milhões de euros em 2024, enquanto o Reino Unido atribuirá 9 milhões de libras (10,4 milhões de euros) ao projeto de crescimento M-GROW, segundo o seu embaixador, Stephen Fisher.

O ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, prometeu, por sua vez, uma contribuição de cerca de 25 milhões de francos suíços (24 milhões de euros) durante o próximo exercício financeiro.

Foram ainda assinados vários memorandos de entendimento e pacotes financeiros, incluindo um com as agências de desenvolvimento e bancos de França e Alemanha com subvenções e créditos num total de 68,7 milhões de euros.

Da mesma forma, o Banco Europeu de Investimento, o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), anunciou um novo pacote de 199 milhões de euros, incluindo uma subvenção de 34 milhões de euros da Noruega, para fortalecer o setor energético da Moldova.

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