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Adesão da Suécia à NATO continua sem sim da Turquia, que anuncia nova reunião

TURKEY-SWEDEN-DIPLOMACY
Turkish President Recep Tayyip Erdogan (R) shakes hand with Swedish Prime Minister Ulf Kristersson (L) during a press conference following their meeting at the Presidential Palace in Ankara on November 8, 2022. (Photo by Adem ALTAN / AFP)

 

O presidente turco anunciou uma nova “reunião no final do mês em Estocolmo” com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que lhe pediu esta terça-feira, num encontro em Ancara, o sim da Turquia à entrada do seu país na NATO.

“Esperamos ter uma conclusão mais positiva na reunião conjunta que terá lugar em Estocolmo no final do mês”, declarou o chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, que assegurou “desejar sinceramente que a Suécia adira” à Aliança Atlântica.

“Aprovámos o processo de adesão da Suécia à NATO”, recordou Erdogan, que deu contudo a entender que a ratificação da entrada da Suécia e da Finlândia poderá só vir a ser abordada no parlamento turco após as eleições gerais de junho, ou seja, não antes de julho de 2023.

“Há tempo até julho (para decidir sobre a admissão), temos uma eleição em junho. Temos de estar muito calmos antes destas eleições. Os nossos amigos compreenderão”, disse Erdogan numa conferência de imprensa depois do encontro com o primeiro-ministro sueco.

Ulf Kristersson reafirmou, por seu turno, que a Suécia seria “um fator de segurança para todos os aliados”.

“Compreendemos as vossas preocupações com a vossa segurança e queremos que a Suécia responda também às nossas”, insistiu o chefe de Estado turco, que desde maio tem bloqueado o alargamento da Aliança Atlântica à Suécia e à Finlândia, exigindo a extradição de membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) que Ancara e os seus aliados ocidentais consideram terroristas.

“Queremos o apoio da Suécia na luta contra o terrorismo”, declarou Erdogan.

“A palavra de ordem na Suécia é combater o terrorismo. Não pode haver dúvida sobre isso (…). Isto é levado muito, muito a sério”, replicou o chefe do novo Governo sueco.

Estocolmo, sublinhou Kristersson, vê o PKK como “uma organização terrorista, assim como os Estados Unidos e a União Europeia”.

“Entendemos a sensibilidade da Turquia nesta questão”, acrescentou, prometendo “corresponder a todas as (suas) expectativas como futuro aliado”.

Coincidindo com a reunião de Ulf Kristersson com o Presidente turco, o parlamento sueco anunciou hoje que vai votar na próxima semana uma alteração à Constituição para endurecer a luta contra o terrorismo.

Após um primeiro agravamento da legislação antiterrorista, em vigor desde julho, esta alteração constitucional deverá, nomeadamente, permitir “restringir a liberdade de associação de grupos envolvidos no terrorismo”, adiantou o parlamento em comunicado.

A votação está marcada para 16 de novembro para entrar em vigor em 01 de janeiro, referiu a Comissão dos Assuntos Constitucionais, que emitiu um parecer favorável ao texto.

Segundo os especialistas, este endurecimento da lei deve facilitar a instauração de um processo contra membros do PKK curdo.

Após a ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro, Suécia e Finlândia abandonaram a sua tradicional política de não alinhamento militar e pediram para se juntar à Aliança Atlântica.

Todos os atuais 30 países-membros da NATO devem ratificar oficialmente o protocolo de adesão da Finlândia e da Suécia para estes países aderirem à Aliança, mas os parlamentos da Turquia e da Hungria ainda não o fizeram.

O parlamento português ratificou a adesão no passado dia 16 de setembro.

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