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Governo “preparado para tudo” aguarda efeitos da ómicron

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A ministra da Saúde revelou, esta sexta-feira, que as estimativas da presença da variante ómicron em Portugal indicam já uma prevalência de 20%, que poderá subir para 80% até ao final do ano. Ainda não se conhecem os efeitos da ómicron nas hospitalizações e, por isso, para já as medidas de contenção não vão ser alteradas.

“Sabemos que a prevalência da variante ómicron em Portugal ronda já os 20%, sabendo-se que poderá ser de 50% na semana do Natal e de 80% na semana do final do ano”, avançou a ministra da Saúde, Marta Temido, durante uma conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.

Como ainda se sabe pouco sobre os efeitos da ómicron nas hospitalizações, “os próximos dias serão decisivos para perceber o impacto desta variante” e só depois poderão ser tomadas novas medidas de contenção pelo Governo, se assim for necessário.

“O que sabemos é que, se a variante se transmite mais, cada um tem de fazer mais. Mais uso de máscara, mais testes, mais vacinação e mais controlo de fronteiras. Todos temos de fazer mais”, relembrou Marta Temido.

Perante este contexto de incerteza, a ministra reforçou a importância da utilização da máscara, como medida de proteção individual, e voltou a apelar à vacinação das crianças, entre os cinco e os 11 anos, que vai começar no próximo fim de semana.

Marta Temido frisou ainda que numa situação de subida de casos, mesmo que com menor gravidade, subirá também o volume de pessoas a precisar de internamento e os eventuais óbitos.

Baltazar Nunes, que também esteve presente na conferência de imprensa, admitiu que neste momento é tudo muito incerto. “Ainda não estamos a observar em Portugal o efeito da ómicron e temos de esperar para ver como esta variante vai afetar as hospitalizações”, para depois decidir quais as medidas a adotar. O responsável do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA) acrescentou ainda que os primeiros indícios apontam para uma diminuição da efetividade da vacina contra a variante ómicron. Mas frisou que os estudos estão numa fase ainda muito embrionária e, por isso, é preciso aguardar pelos efeitos que a nova estirpe terá nos internamentos e óbitos em Portugal, especialmente nas faixas etárias mais vulneráveis.

Nesse sentido, sublinhou, “um indicador que vai ser muito importante” é o das pessoas com mais de 70 anos, que já têm a dose de reforço da vacina. “Se a incidência aumentar neste grupo, há pouco reforçado, será sinal de que a vacina não está a ter o impacto desejado”, assinala o investigador. “Ao que tudo indica”, a gravidade da infeção pela variante ómicron “será igual ou menor em relação à Delta”.

Baltazar Nunes revelou ainda que têm cenários preparados para as duas eventualidades: ou a efetividade da vacina é mais baixa do que o esperado e serão necessárias novas restrições; ou o aumento de casos não provoca efeitos mais gravosos nos hospitais e o plano em curso é para ser mantido.

Para ajudar no controlo da disseminação do vírus SARS-CoV-2, Marta Temido revelou que o Governo vai aumentar o número de testes covid-19 gratuitos por pessoa, que está agora fixado em quatro por mês. A medida está prevista começar já na próxima semana.

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