Açores

Organização internacional de combate às alterações climáticas lançada nos Açores

“Queremos criar um movimento que ajude a transformar a ação a nível regional e local, porque precisamos de muito mais ação, muito mais depressa, para salvar não só o planeta, mas a nós próprios”, avançou Marc Pacheco, em declarações aos jornalistas, à margem de uma conferência de apresentação da organização, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

O senador democrata, de 71 anos, natural de Massachusetts, tem origens nos Açores, na ilha de São Miguel, e escolheu o arquipélago para lançar oficialmente a organização, de que é presidente fundador e diretor executivo.

“Queremos começar aqui, de forma simbólica, para passar a mensagem, do meio do Atlântico para toda a zona transatlântica, de que precisamos de trabalhar juntos, a um nível local e regional, para implementar uma ação climática ambiciosa e para implementar as melhores práticas”, frisou.

A escolha da ilha Terceira prendeu-se também com uma relação de longa data com o autarca de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses, um dos primeiros membros fundadores da Transatlantic Climate Alliance, junto com a autarca da Praia da Vitória, Vânia Ferreira.

A aliança conta com o apoio do antigo vice-presidente dos Estados Unidos da América, Al Gore, que, numa mensagem de vídeo, alertou que “a crise climática está a agravar-se mais rápido do que as soluções estão a ser implementadas”, defendendo que “a colaboração é essencial”.

“Estou muito otimista de que esta aliança vai ajudar a fomentar uma colaboração que é essencial para os esforços globais necessários para resolver a crise climática. Estou convencido de que podemos e vamos resolver a crise climática”, apontou. A organização quer juntar autoridades locais e regionais de toda a região transatlântica, “desde a Islândia à América do Sul, dos dois lados do Atlântico”.

O objetivo é partilhar conhecimento e “ajudar a replicar as melhores práticas” já implementadas. Marc Pacheco deu como exemplo a energia geotérmica nos Açores, revelando que vai visitar, nesta deslocação, a central do Pico Alto, na ilha Terceira.

“Esperamos ter sucesso ao juntar líderes neste espaço para ajudar a educar decisores políticos locais, tanto no setor público como no setor privado”, vincou.

Entre as entidades que já aderiram à organização estão, por exemplo, o New England Clean Energy Council, uma organização que junta todas as empresas do setor da energia limpa na zona nordeste dos Estados Unidos, e a Leading Cities, uma organização que integra mais de 600 cidades no mundo.

Em Portugal, aderiram a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e a Câmara Municipal de Cascais. “Cidades de diferentes partes da zona transatlântica estão a trabalhar juntas nestas questões”, sublinhou o presidente da organização.

Este foi o primeiro lançamento da Transatlantic Climate Alliance, mas até ao final do ano Marc Pacheco conta realizar outros em várias cidades. “Um será em Viena, na Áustria. Um dos membros da direção é deputado em Viena e tem estado a trabalhar em políticas de energia limpa há algum tempo”, revelou.

AO/MS

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