Cerca de 24 mil pessoas fugiram da Somália para o Quénia em sete meses
Cerca de 24 mil pessoas fugiram da Somália à procura de abrigo nos campos de refugiados de Dadaab, no Quénia, nos últimos sete meses, disse hoje o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
De acordo com o porta-voz da ACNUR, Boris Cheshirkov, o ritmo de chegadas a este campo tem diminuído nas últimas semanas, mas vincou que a seca e o conflito já originaram 80 mil pessoas internamente deslocadas nos últimos dois anos.
Além disso, nas declarações citadas pela agência espanhola de notícias, a Efe, Boris Cheshirkov disse que já foram identificados mais de 350 casos de cólera no campo de Dadaab, que o ACNUR considera preocupante, apesar de considerar que o surto está “sob controlo”. “Os centro de tratamento precisam de mais pessoas e medicamentos para ajudar a conter a propagação da doença”, explicou.
O ACNUR agradeceu ao Governo queniano e às comunidades locais pelo compromisso para com os refugiados há mais de três décadas e reconheceu os esforços das autoridades do Quénia no desenvolvimento de planos específicos nesta área.
A agência da ONU está a fornecer água potável ao campo de Dadaab, protegendo os refugiados mais vulneráveis e assegurando o tratamento da má nutrição infantil.
No entanto, prevê-se que a devastadora seca que afeta os países do Corno de África, principalmente a Somália, Quénia e Etiópia, piore nos próximos meses se as condições meteorológicas não melhorarem durante a próxima época das chuvas.
NM/MS
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