Notificações ao Infarmed incluem arrepios e dor no braço. Houve registo de uma miocardite em criança de 10 anos, já recuperada.
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recebeu, até ao final do ano passado, seis notificações de casos de reação adversa num universo de 95 797 crianças dos 5 aos 11 anos vacinadas contra a covid. Daquele total, quatro foram notificados como graves. Dos quais uma miocardite numa criança de dez anos, já recuperada.
De acordo com os dados facultados ao JN pelo Infarmed, os seis casos notificados até 31 de dezembro, dos quais dois não graves, “incluem arrepios, dor no local de vacinação, mal-estar geral, pirexia [estado febril] e petéquias”.
Mio e pericardite
Relativamente ao caso de miocardite ocorrido numa criança de 10 anos, informam de “evolução clínica de cura”. Já na faixa dos 12-17 anos, dos 97 casos notificados como graves num universo de 1,105 milhões de vacinadas administradas, há registo de 13 mio/pericardite, de “gravidade moderada” e com “evolução favorável após tratamento adequado, consoante a etiologia, em ambulatório ou em ambiente hospitalar”.
O Infarmed salienta que “a miocardite e pericardite são doenças inflamatórias de etologia variadas, normalmente associadas, sobretudo nesta faixa etária, a infeções virais, o que dificulta o estabelecimento de uma relação causal com a vacina”.
Ainda no grupo 12-17 anos, a maioria das reações graves dizem respeito “a situações já descritas na informação das vacinas, tais como casos de síncope ou pré-síncope e reações do tipo alérgico”. Sendo considerados graves porque “motivaram observação e/ou tratamento clínico, mas todos tiveram evolução positiva e sem sequelas”. Há ainda 91 casos não graves notificados.
Os dados mostram 0,06 reações adversas por 1000 vacinas administradas na faixa 5-11, sendo de 0,17 nos 12-17. Analisando o total de 19,6 milhões de vacinas administradas, há um caso por cada mil.
JN/MS
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