Cuide-se e respire fundo
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cancro do pulmão é o que regista o maior número de novos casos em todo o mundo e responsável, também, pelo maior número de mortes. A sua incidência tem vindo a aumentar progressivamente tanto em homens como em mulheres, em fumadores, em não fumadores e em indivíduos cada vez mais jovens.
O tabaco continua a ser o grande causador deste tipo de cancro. Efetivamente, o tabaco contém substâncias que danificam as células saudáveis do pulmão levando à formação de células cancerígenas. E não se pense que as novas formas de tabaco, como o cigarro eletrónico podem funcionar como forma de terapia para deixar de fumar ou para reduzir o risco de cancro. A verdade é que nessas formas de fumar também são inaladas substâncias como a nicotina e outras que são potencialmente tóxicas. Por outro lado, há que realçar que a exposição passiva ao fumo do tabaco também contribui para o cancro do pulmão. Assim pessoas não fumadoras que estão expostas ao fumo do cigarro, de charutos, de cachimbos ou às novas formas de tabaco também correm o risco de desenvolver cancro.
Como deixar de fumar? Eis a questão que se coloca a quem tem anos e anos de vício. Bom, é preciso ter força de vontade, acima de tudo, e depois o melhor mesmo é procurar ajuda, por exemplo numa consulta de Cessação Tabágica.
Há, no entanto, outros fatores que podem desencadear um cancro no pulmão. O que explica muito a desculpa que muitos viciados em tabaco encontram para não deixar os cigarros – “aquele nunca fumou e…”. Há realmente outros agentes causadores desta doença, embora nenhum bata o tabaco numa tabela de probabilidades. E quais são eles? Vamos dar-vos alguns exemplos: a poluição ambiental, a exposição a partículas inaladas como o radão ou o amianto e a existência de doenças respiratórias prévias como a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), o enfisema pulmonar ou a fibrose pulmonar que aumentam a probabilidade de surgir um tumor maligno do pulmão. Para além disto tudo, desconhece-se ainda o impacto no futuro das sequelas pulmonares provocadas pelo COVID19 no risco direto do cancro do pulmão.
Sinais de alerta
As queixas relacionadas com o cancro do pulmão dependem da evolução da doença. Numa fase inicial podem não existir sintomas ou surgirem sintomas que se confundem com outras doenças respiratórias.
É fulcral estarmos atentos a sinais de alerta como:
- Infeções respiratórias frequentes;
- Mudança do padrão habitual da sua tosse ou tosse persistente;
- Dor ou desconforto no peito;
- Tosse com sangue;
- Sentir-se mais cansado ou sem energia;
- Sentir falta de ar;
- Mudança do padrão habitual da sua expetoração ou expetoração com sangue;
- Alterações na voz ou rouquidão;
- Perda de apetite ou perda de peso;
A importância do diagnóstico precoce
A procura de ajuda médica é fundamental quando alguns destes sintomas possam surgir. É, aliás, importante que todas as pessoas, fumadores ou não fumadores façam um check-up respiratório anual. E todos ficamos a torcer para que os resultados venham todos negativos, mas se por acaso vier a concretizar-se que este tipo de cancro invadiu o seu corpo, é muito importante que o diagnóstico aconteça numa fase ainda precoce da doença. Nunca se esqueça que quanto mais rápido se obtiver a confirmação de cancro do pulmão e a sua extensão, mais depressa se iniciará o tratamento e maior será a probabilidade de cura.
MB/MS
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