Futebol

F. C. Porto festeja liderança isolada após triunfo no dérbi da cidade

O F. C. Porto voltou a isolar-se na liderança do campeonato, depois de vencer o dérbi da cidade, frente ao Boavista, por 4-0, em partida da 28.ª jornada da I liga portuguesa de futebol.

Num jogo inédito para as duas equipas portuenses, que nunca se tinham defrontado na noite de S. João, os ‘dragões’ guardaram os festejos para a segunda parte do desafio, com um ‘bis’ de Marega (53 e 84) e duas grandes penalidades convertidas por Alex Telles (60) e Sérgio Oliveira (70).

Com este resultado, o F. C. Porto capitalizou da melhor forma a derrota do Benfica (4-3), horas antes, frente ao Santa Clara, isolando-se no primeiro lugar, agora com 67 pontos, mais três do que os ‘encarnados’, que seguem no segundo posto, quando faltam seis jornadas para o final do campeonato.

F. C. Porto festeja liderança isolada
F. C. Porto festeja liderança isolada

Já o Boavista, apesar do desaire e de ter interrompido uma série de dois triunfos consecutivos, mantém-se tranquilo no 10.º lugar, com 35 pontos, os mesmos que o Moreirense, nono.

Os ‘azuis e brancos’, que surgiram com duas alterações no ‘onze’ em relação ao último jogo, na Vila das Aves, com Marega e Soares nos lugares de Zé Luís e Uribe, assumiram, desde o início, o controlo do desafio, instalando-se no meio-campo adversário e sufocando as ‘panteras’.

Sérgio Oliveira e Pepe, ainda antes do quarto de hora, deixaram as primeiras ameaças ao Boavista, vincadas por Marega, aos 16 minutos, quando o maliano do F. C. Porto permitiu uma das defesas da noite, com os pés, ao guardião Helton Leite.

O Boavista não conseguia, nesta fase inicial, sair da sua área, mas a coesão defensiva que ia apresentando conseguia retirar espaços ao adversário, dificultando a definição final dos dragões’.

Os ‘axadrezados’ só conseguiram a primeira resposta ao domínio contrário já depois dos 30 minutos, quando Yusupha, o mais batalhador no ataque do Boavista, esboçou um par de remates, um deles a obrigar o guardião Marchesin a defesa apertada.

No regresso das cabines, o técnico Sérgio Conceição retirou da equipa portista Tomás Esteves e Luis Díaz para lançar Manafá e Uribe, numa aposta que se revelou decisiva, pois os dois estiveram na génese da jogada que, aos 52 minutos, permitiu a Marega inaugurar o marcador, após assistência final de Corona.

Desbloqueado o nulo, os ‘dragões’ reforçaram a confiança, perante um Boavista que se descompensou, e pouco depois cometeu um erro fatal, quando Gustavo Dulanto derrubou Marega na área.

Na marcação do castigo, Alex Telles não desperdiçou a benesse, cimentando a vantagem portista, à passagem da hora de jogo, e obrigando o Boavista a expor-se mais para tentar minimizar os ‘estragos’.

No entanto, os ‘axadrezados’ quase não tiveram tempo para esboçar uma resposta, porque, 10 minutos depois, o defesa-central Gustavo Dulanto voltou a comprometer a equipa, desta vez cortando com a mão um cruzamento de Marega, na área, em nova falta para grande penalidade, convertida no 3-0 por Sérgio Oliveira.

Com a desvantagem mais acentuada, Daniel Ramos, técnico do Boavista, desfez a linha defensiva de cinco elementos e reforçou o ataque com mais dois elementos, mas, ao expor-se, abriu espaço para o F..C. Porto dar tons de goleada à vantagem, já aos 84, com Marega a ‘selar’ o 4-0 final.

Benfica volta a escorregar na Luz e sai derrotado pelo Santa Clara

O Benfica voltou a tropeçar, esta terça-feira (23), na corrida pelo título, ao perder por 4-3 com o Santa Clara no Estádio da Luz, na 28.ª jornada Liga.

Depois de uma vitória suada (2-1) na deslocação ao reduto do Rio Ave, na jornada anterior, o Benfica tinha a oportunidade de colocar pressão sobre o rival, que disputava na mesma noite o dérbi da Invicta frente ao Boavista, mas uma noite recheada de erros individuais e coletivos e um Santa Clara muito competente e desinibido ditaram uma noite de pesadelo para o conjunto orientado por Bruno Lage, confirmando que a má fase ainda não acabou na Luz.

Benfica volta a escorregar na Luz
Benfica volta a escorregar na Luz

E mais do que evidenciar os (muitos) erros cometidos pelos encarnados, importa ressalvar o mérito de um adversário que nunca se entregou à sorte do jogo, antes a procurou, uma e outra vez, até ser premiado com o golo do triunfo nos descontos, por Zé Manuel, dando a reviravolta sobre a própria reviravolta que os campeões nacionais já tinham conseguido durante o jogo, numa segunda parte que concentrou seis dos sete tentos da partida.

Do filme da primeira parte ficou na memória a monotonia da exibição encarnada, que criou apenas três boas ocasiões na área, nunca encontrando o caminho do golo, já que o guardião Marco denotou muita atenção e bons reflexos. Em sentido inverso, os açorianos evidenciavam uma sólida organização em campo e na circulação de bola, nunca aparentando qualquer desconforto e chegando ao golo por Anderson Carvalho.

Aos 44 minutos, quando o Benfica preparava uma transição rápida na recuperação de bola de um pontapé de canto dos açorianos, Nuno Tavares fez uma tentativa de passe defeituosa, que bateu no pé direito do médio do Santa Clara, deixando a bola à sua mercê. Com a defesa ‘encarnada’ apanhada em falso, Anderson Carvalho avançou na direção de Vlachodimos e atirou para o 0-1 em cima do intervalo.

Renovado para o regresso, com as entradas de Carlos Vinicius e Zivkovic, o Benfica lançou-se em busca do empate e conseguiu-o logo aos 50 minutos, com Rafa a finalizar de pé esquerdo e com um remate cruzado uma boa jogada de envolvimento do ataque ‘encarnado’ pelo flanco direito, culminada com a assistência de André Almeida.

O Santa Clara não se deixou impressionar e precisou de apenas sete minutos para voltar para a frente do marcador, com Zaidu Sanusi a subir mais alto do que Rúben Dias num pontapé de canto – mais um golo sofrido pelos encarnados de bola parada – e a cabecear para o 2-1, com Vlachodimos impotente para evitar o golo.

A velocidade do jogo crescia e os espaços começaram a surgir com mais frequência. Numa reação intensa, o Benfica aproveitou o pressing e alcançou a reviravolta com um bis de Vinícius (63 e 65), que saltou do banco para fazer dois golos de cabeça. Com o 3-2 no marcador, o Benfica parecia repetir a façanha da ronda anterior e sair por cima de uma partida em que entrou a perder. Puro engano.

O técnico João Henriques não deixou de fazer as suas mexidas na equipa e o Santa Clara voltou a lançar-se no ataque. Um novo erro de Rúben Dias, aos 82, num lance em que o árbitro João Pinheiro foi primeiro alertado pelo videoárbitro e teve ainda de ver as imagens, ditou penálti a favor do Santa Clara, que Nené não perdoou, fazendo o 3-3.

O jogo estava a dar os últimos passos, mas ainda havia tempo para mais emoções: alegria açoriana e tristeza encarnada, quando uma falha individual de Ferro abriu caminho para Zé Manuel, que tinha saltado do banco, atirar para o 4-3, com o remate a ser ainda desviado por um infeliz Nuno Tavares, enganando Vlachodimos. E, assim, o Benfica somou o quarto jogo consecutivo na Luz sem ganhar para o campeonato.

JN/MS

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