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A Fila Anda é a nova música sensação

Lançada no passado dia 28 de Junho, nesta altura A Fila Anda, música de Djodje já se aproxima dos dois milhões de visualizações no Youtube e ocupa o top trending damesma plataforma.

Com participação de Jimmy P e produção de LBeatz, é a mais recente sensação musical da internet e fará parte do novo álbum do cantor cabo-verdiano, prometido para o último trimestre do ano. Em Portugal desde 2007, Djodje, de 29 anos, tem-se afirmado no mercado português como um dos artistas mais aclamados na afropop tendo para já garantido um sucesso de verão. E quer mais.

Em 2017 esgotou o Coliseu dos Recreios e, em entrevista ao Diário de Notícias, assume estar a preparar-se para «pisar palcos maiores». Possivelmente, convidando Cuca Roseta, uma das artistas portuguesas com quem sonha fazer um dueto, para o espetáculo.

Quase dois milhões de visualizações na música Fila Anda. Qual é a sensação?

É uma sensação ótima. Estou muito feliz e o Jimmy também está muito contente. Acho que conseguimos atingir o nosso objetivo, visto que em cinco dias conseguimos quase um milhão de visualizações no Youtube. As pessoas estão a partilhar muito, temos recebido um feedback muito positivo. Estamos mesmo muito felizes.

Como aconteceu esta parceria com o Jimmy P?

Sempre fui fã do Jimmy P e sempre quis fazer música com ele. Conhecemo-nos há cerca de um ano e meio e desde então que temos falado sobre a possibilidade de fazer uma canção juntos. Procurámos o beat e o tema certo e fizemos a Fila Anda.

Esta mistura do rap com o afropop não é muito normal, pelo menos em Portugal…

Para mim não é nada de novo. Se analisarmos bem, são ambos estilos urbanos e o público que, normalmente, consome hip hop, mas também ouve kizomba e R&B. Acho que sempre houve uma fusão entre kizomba e hip hop.

Gosta de fazer parcerias com outros artistas?

Sou apologista de participações em duetos. Acho que quando se fazem colaborações estão os dois artistas a ganhar. Mas, claro, tem de haver química e uma boa sinergia entre os músicos. Nesta participação com o Jimmy P, por exemplo, o meu público passa a conhecê-lo melhor e o público dele também me vai conhecer melhor.

Com quem gostaria de fazer um dueto?

Vários. Mas gostaria muito de fazer uma participação com a Cuca Roseta.

O Youtube ainda é uma ferramenta fundamental para um artista ou já estamos a evoluir noutro sentido?

O Youtube é uma plataforma completamente atual. Tem uma força enorme. Tal como outras plataformas streaming também, como a Apple Music, o Spotify, o Shazam. E, claro, as redes sociais. Temos de estar cada vez mais presentes e assumir isso. Não tem nada de errado.

O que gostava de mostrar mais ao público português?

Gostava de mostrar mais a minha versatilidade enquanto músico. Não canto só kizomba, gosto de dizer que canto afropop – onde há vários estilos: kizomba, azonto, afrobeat, entre outros.

Muitas das músicas que escreve são sobre relacionamentos amorosos. Gosta de transportar as suas histórias para as canções?

Tem muito a ver com o estilo, não propriamente a ver comigo. Até porque as histórias não são todas minhas. O kizomba é um estilo romântico e faz todo o sentido para mim cantar sobre o amor.

Vai lançar um álbum brevemente. Para quando? E o que podemos esperar do novo disco?

Não tenho uma data certa. Estou a apontar para Setembro ou Outubro e terá algumas surpresas, nomeadamente algumas participações especiais.

Há algum palco em Portugal onde gostaria particularmente de atuar?

Vários. Mas a realidade sempre tive o sonho de pisar o Coliseu dos Recreios e, no ano passado, consegui realizá-lo. Correu muito bem. Agora talvez pense em dar passos maiores, como o Altice Arena e Campo Pequeno. Estamos a tratar disso.

Porque decidiu vir para Lisboa em 2007 e quando é que descobriu que queria ser músico?

Comecei a fazer música com 10 anos e vim para Portugal para estudar. Estive no curso de audiovisual e multimédia na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, mas depois percebi que não era esse o caminho. Mudei de curso e formei-me em produção e marketing musical. Mas sempre quis seguir música.

Estudar era importante para si?

Acho que, seja em que área for, deves sempre fazer uma formação. Sempre fui muito focado, sempre quis fazer música, mas sempre achei também que seria muito importante ter um curso para saber melhor no que trabalhar.

Quais as principais dificuldades que sentiste no inicio da tua carreira?

Quando comecei a cantar eu vivia em Cabo-Verde, um país que tem 500 mil habitantes separados por várias ilhas. Portanto, era um mercado muito pequeno. A maior dificuldade que tive foi perceber a dimensão do mercado cabo-verdiano. Tive que sair e procurar outros mercados para conseguir dar continuidade à minha carreira musical.

O kizomba tem tido uma aceitação cada vez maior por parte do público português. Como olha para a evolução deste género musical?

Não é nenhuma surpresa. Este estilo sempre esteve inserido no mercado português. A diferença é que não era mainstream – não passava nas rádios, nem nas televisões. Mas sempre passou em discotecas e o público português sempre gostou muito de kizomba. Fico muito feliz que mais pessoas conheçam o estilo e que oiçam música africana.

A fama é algo que te incomoda?

Essa é uma das vantagens de vir de Cabo Verde. Como comecei a cantar muito cedo lá, com uma aceitação enorme, lido desde muito cedo com o reconhecimento e com a fama. Sempre foi tudo muito tranquilo. Acho que em Portugal é semelhante. As pessoas conhecem-me, pedem-me fotografias, mas é uma relação muito serena.

O que dirias a um jovem aspirante a músico?

Diria que está no momento ideal. Hoje em dia, as redes sociais e a Internet proporcionam algo que quando comecei não existia: a independência. Atualmente, consegues gravar a tua música, promovê-la e fazer com que chegue a várias pessoas. Portanto, é trabalhar muito e, no momento certo, as pessoas que te vão ajudar vão aparecer.

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